Nigéria: o Gigante da África
27/04/2023
Por Aline Almeida Santos
Nigéria tem o nome de Gigante da África não é à toa. O país, além de ser o mais populoso da África, também está listado entre as economias dos Próximos Onze. Os Próximos Onze ou Pequenos BRICS são países emergentes – entre eles, Egito, Indonésia, Irã, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Coreia do Sul, Turquia, Vietnã e Bangladesh – que, devido ao crescimento do PIB e do número relevante da população, ganham espaço no cenário internacional, podendo superar até mesmo o G7.
Nigéria é o país mais populoso do continente africano. De 1960 a 2021, a população aumentou de 45 milhões para 213 milhões de habitantes, um aumento de 372%. O PIB nigeriano, em 2013, foi maior que o da África do Sul, chegando a 500 bilhões de dólares. Economicamente, o país se destaca pelas relações comerciais petrolíferas com os Estados Unidos.
Apesar dessa economia favorável, a renda do país não é bem distribuída e uma grande parte da população vive na extrema pobreza. A corrupção também é um problema, entre 1960 e 1990, 400 bilhões de dólares foram roubados do tesouro nacional. Com relação ao Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, a Nigéria possui índice baixo, além de Gini, instrumento que mede o nível de desigualdade de um país, de resultado 41,3.
Apesar de guerras civis terem acontecido desde a independência, a Nigéria, em 2011, se estabilizou politicamente realizando eleições presidenciais em todo o país. Embora haja tal avanço, ainda resiste no norte da Nigéria movimentos separatistas que dificultam a entrada de investimento no país.
FONTES:
BBC NEWS BRASIL. Nigéria: perfil da nação mais populosa da África. Disponível em: 2 mar. 2023. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 27 abr. 2023.
DADOS MUNDIAIS. Crescimento da população da Nigéria. Disponível em: www.dadosmundiais.com. Acesso em: 27 abr. 2023.
OGUNLESI, Tolu. The Guardian. Nigeria overtakes South Africa to become Africa’s largest economy. Disponível em: https://www.theguardian.com/world/2014/apr/07/nigeria-south-africa-largest-economy. Acesso em: 27 abr. 2023.
SILVA, André Luiz Reis da. Os países emergentes na política internacional: O grupo next eleven (n-11) e as convergências com a política externa brasileira. EI – Estudos Internacionais – Revista de Relações Internacionais. Edição v. 1 n. 2 (2013): Estudos Internacionais. Dossiê: Potências Emergentes. Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/estudosinternacionais/article/view/6314. Acesso em: 27 abr. 2023.
Condições precárias e futuro incerto dos refugiados do Sudão no Chade
30/04/2023
Por Julia Araujo de Oliveira
No meio do conflito no Sudão entre o exército sudanês e forças paramilitares, milhares de pessoas estão deixando o país rumo aos países vizinhos, principalmente em direção ao Chade. Nesse sentido, foi reportado que cerca de 4 mil refugiados chegaram a Koufroun, uma pequena vila no Chade que faz fronteira com o Sudão. Além disso, a situação deles é preocupante, tendo em vista que agências de suprimentos afirmaram que não há comida o suficiente para os milhares de refugiados que chegaram e para os que ainda chegarão. Para além da escassez de comida, ainda há escassez de abrigo e incertezas sobre aonde irão, o que gera desespero.
Ainda, é observado que a quantidade de refugiados chegando à vila já está prejudicando a economia local, haja visto que, segundo as autoridades do Chade, o preço da comida aumentou cerca de 70%. Além disso, a chefe de comunicações da UNICEF no Chade apontou que a água, que é quase insuficiente para a comunidade local, pode se tornar um problema para os refugiados, tendo em vista a alta probabilidade de desabastecimento, necessitando, assim, que haja uma mobilização rápida para garantir a essas pessoas o acesso à água. Nesse sentido, tendo em vista toda a demanda dos refugiados, a UNICEF no Chade necessita por volta de $1.5 milhões para cobrir as despesas de dois a três meses.
Fonte: Al Jazeera
A abertura da reunião regional de alfândegas acontece em Gâmbia
01/05/2023
Por Ana Júlia da Silva Rosa
Na última quinta-feria, dia 27 de abril de 2023, foi realizada por Essa Jallow, vice-comissário geral da Autoridade Tributária de Gâmbia (GRA), em Gâmbia, a abertura de uma conferência que durou dois dias e tratou de assuntos relacionados a finanças alfandegárias e comitês de auditoria.
A conferência foi realizada no contexto da 29ª Reunião dos Diretores Gerais das Alfândegas da Região da África Ocidental e Central, organizada pela Organização Mundial das Alfândegas, que ocorrerá no dia 04 de maio de 2023. Evento este que foi estruturado sob a temática de nutrir a próxima geração por meio da promoção de uma cultura de compartilhamento de conhecimento e de brio profissional nas alfândegas.
Ademais, em seu discurso de abertura, Jallow elucida que baseado nos termos de referências que são feitos para os comitês de finanças e auditoria é possível observar que eles são de extrema importância para que o órgão regional possa funcionar de maneira eficiente. Além disso, o vice-comissário geral da GRA ressalta que o trabalho desempenhado pelos Comitês permite que a organização atue baseada no estabelecimento de uma gestão financeira robusta e precavida e um processo de auditoria estruturado em melhores técnicas e com modelos pré-estabelecidos pelos órgãos profissionais reconhecidos em escala mundial.
Por fim, Jallow segue o seu discurso parabenizando os esforços realizados pelos comitês na preparação das demonstrações financeiras organizadas pelos Estados-membros. Isso porque essas atividades agregam valor nos debates acerca de algumas questões propostas e das responsabilidades de supervisão que é um compromisso da Conferência de Diretores Gerais, possibilitando assim resultados de qualidade em decisões e resoluções adotadas pelas partes responsáveis pela administração e funcionamento da secretaria.
Fonte: The Standard
Mulheres arriscam a vida para encontrar ouro no Senegal
01/05/2023
Por Camila Gomes Barroso
Em 2008, uma pequena aldeia senegalesa chamada Bantako, descobriu ouro em suas terras. Desde então, muitas mulheres viajam dos países vizinhos para trabalhar no local, mas são vítimas frequentes de exploração sexual e de violência de gênero. A mina de Bantako estende-se por centenas de metros, em que pilhas de pedras brancas e ofuscantes contrastam com linhas de buracos negros, escavados cerca de 50 metros de profundidade.
As pedras são depois selecionadas de acordo com a sua porcentagem de ouro presente, antes de serem esmagadas em pó. Este é um trabalho extenuante, mas que tem o potencial de proporcionar ganhos muito superiores aos rendimentos obtidos com a agricultura tradicional.
O salário médio mensal no Senegal é de cerca de 90.000 francos CFA. Encontrar um grama de ouro em um dia não é muito comum, mas acontece com frequência suficiente para que milhares de mulheres se arrisquem. Desse modo, mais de 20 nacionalidades diferentes fazem a viagem para a região de Kedougou, que se localiza no sudeste de Senegal e faz fronteira com o Mali e a Guiné, para encontrar trabalho nas minas.
No hospital da região, a parteira-chefe Diabou Sissokho disse que cerca de metade das suas pacientes trabalham nas minas. As mulheres são normalmente encaminhadas para aqui devido à falta de material e de conhecimentos nos centros de saúde locais. Muitas trabalhadoras do sexo ou mineiras vêm com gravidezes tardias ou indesejadas. Outras mulheres e os seus bebês estão em perigo devido à falta de cuidados pré-natais. Embora alguns locais de extração mineira proíbam as mulheres de trabalhar durante a gravidez, a regra nem sempre é cumprida.
Fonte: DW
Fatídicos casos de desnutrição de crianças na Nigéria
01/05/2023
Por Lorenna de Oliveira Silva
A desnutrição de crianças é uma realidade para população nigeriana, isto porque o país vivenciou anos de conflito e vulnerabilidade. A necessidade de locomoção, em decorrência dos conflitos, precarizou as condições de vida e moradia, o que consequentemente evidenciou diversos problemas sociais, econômicos e políticos no país.
No ano de 2022, estima-se que foram tratadas 147.860 mil crianças com desnutrição aguda grave, contudo, nesse ano há probabilidade desse número ser maior, visto que, números elevados estão sendo registrados pelas equipes médicas.
Nesse sentido, há uma calamidade humanitária no país devido à situação de insegurança alimentar que tem sido responsável pelo quadro de desnutrição infantil. Desde o início de 2023, têm sido identificados no nordeste da Nigéria casos envolvendo o problema. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou sobre a gravidade da situação e o grande número de internações de crianças com casos de desnutrição. Além disso, foi feito um apelo a necessidade de ações serem tomadas visando resolver esse problema. Portanto, a organização médica-humanitária tem dedicado esforços para tratar os casos de desnutrição em Maiduguri, cidade nigeriana, além de responderem a demandas em outras cidades no nordeste da Nigéria.
Dessa maneira, há incentivos às autoridades e organizações humanitárias, no sentido de encorajar o desenvolvimento de soluções para melhorias nas condições de vida da população nigeriana e acesso a saúde, para que haja uma resolução do quadro atual de saúde infantil.
Fonte: All Africa
