Por: Ana Clara do Nascimento

FOTO: site ExxonMobil

20/05/2023

Guiana, o país explorador de petróleo na Margem Equatorial, tem boom econômico

A exploração de petróleo na Margem Equatorial, faixa costeira no norte da América do Sul voltada para o Caribe, é responsável pelo crescimento econômico na Guiana. Em outras palavras, o pequeno país antes configurado como um dos mais pobres do mundo está alcançando uma projeção enorme de produção de petróleo, superando a Venezuela daqui alguns anos.

Devido às recentes descobertas e as prospecções de mercado que estão sendo realizadas na região, o país deve aumentar sua produção de petróleo em cinco vezes nos próximos anos. Posto isto, a abertura comercial viabilizada pelo governo da Guiana chamou investidores de empresas privadas por todo o globo, tais como: QatarEnergy, TotalEnergies, Tullow Oil, Repsol, Frontera Energy Corporation, Ratio Petroleum Energy, CGX Energy, JHI Associates e Cataleya Energy Corporation. 

Além disso, há de se pensar sobre como estes movimentos podem desencadear um potencial concorrente no mercado regional de petróleo, como também, os riscos ambientais decorrentes de possíveis vazamentos de óleo e como são geradas externalidades negativas para aqueles que dependem daquele ecossistema.

Fonte: O Globo

19/05/2023

Crise política no Equador – a dissolução da Assembleia Nacional

A decisão abrupta da dissolução da Assembleia Nacional do Equador decidida pelo presidente Guillermo Lasso, possui o fim de interromper drasticamente a legislatura e estabelece um período final para o seu mandato. O atual presidente recorreu a uma medida da Constituição nomeada como “morte de cruz” – tomada pela primeira vez na história democrática do país – isto é, o encerramento do Parlamento atual leva ao fim seu mandato como presidente, como também, os mandatos dos parlamentares. Sendo assim, são realizadas novas eleições presidenciais e legislativas. 

Tal mecanismo utilizado cria por sua vez uma espécie de tábula rasa, retornando a decisão para o povo do Equador. O presidente utiliza-se, portanto, da forte polarização existente na população, relacionada aos problemas de segurança interna e a determinação existente na oposição de acabar com o seu mandato. Para aprofundar, a acusação de impeachment é advinda de uma suposta tolerância ao crime de peculato ocorrido entre duas empresas de transporte.

Fonte: El Pais

11/05/2023

Contrabando de combustível subsidiado desestabiliza as finanças da Bolívia

Recentemente, a Bolívia vem sofrendo com a ausência de três combustíveis: diesel, gasolina e gás, ressaltando que, os dois primeiros são contrabandeados para países vizinhos e, o gás é desviado por destinos clandestinos ou utilizado para a produção ilegal de energia. Para todos o ponto em comum é o baixo preço boliviano quando estes são subsidiados, logo, os combustíveis ficam consideravelmente mais baratos. Devido a isto, o presidente Luiz Arce iniciou uma operação para controlar esse contrabando, contudo, a proposta de intervenção recebeu críticas dos principais distribuidores e consumidores. 

Vale ressaltar a forma que a Bolívia lidou com as variações de preço do petróleo nos últimos anos e como o país resistiu fortemente com as altas do preço do valor do gás. Com isso, com a facilidade de ser um grande exportador de gás e ser majoritariamente o produtor de gasolina, estes fatores facilitaram uma maior independência e a justificativa para os preços baixos. Entretanto, o diesel sempre foi importado, não era produzido na Bolívia.

Todavia, ocorreu uma recaída neste mercado no país, ou seja, nos últimos anos a Bolívia possui a necessidade de importar recorrentemente os três combustíveis mais necessários para sua economia: gasolina, diesel e gás. Portanto, a principal causa de retrocesso na economia boliviana somado à falta de dólares no país é decorrente da importação de gás e gasolina em números altíssimos, como também, o exacerbado número de veículos adquiridos neste período e, por fim, como citado anteriormente, o contrabando.

Fonte: El Pais