Clipping África Austral #135

Alegações de tortura no governo Mnangagwa incita escalada de tensões políticas em Zimbábue

Data: 18/09/2023

Em 2017, Zimbábue era governado por Robert Mugabe, líder revolucionário do partido ZANU-PF (União Nacional Zimbabwe-Africana – Fronte Patriota). Naquele ano, Mugabe sofreu um Golpe de Estado: em meio às elevadas tensões no cenário político de Zimbábue, foram promovidas as primeiras eleições onde Mugabe não era um candidato em 2018. O vencedor foi Emmerson Mnangagwa. Apesar de ser do mesmo partido, Mnangagwa e Mugabe possuíam discordâncias ideológicas e distanciaram-se politicamente. Mnangagwa serviu um mandato e, nesse ano, venceu o direito de servir um segundo: a construção de sua imagem pública explicita a busca pela paz, fraternidade, harmonia e tolerância – mas as práticas do seu governo são criminosas, autocratas e inconstitucionais. As alegações vêm em grande parte de membros do CCC (Citizens Coalition for Change), partido rival do ZANU-PF. Dentre elas, encontram-se acusações de perseguição política, abdução e tortura. No mais, membros observadores das eleições citam a presença da coerção e uso da força durante o processo de voto popular.

Fonte: Africa News

Fonte: Africa News

Encontro entre Secretário de Segurança dos Estados Unidos e presidente de Moçambique ergue perspectiva de cooperação 

Data: 23/09/2023

No dia 22 de setembro, o Secretário de Segurança dos Estados Unidos Lloyd J. Austin recebeu o presidente moçambicano Filipe Jacinto Nyusi em uma reunião no Pentágono. O propósito foi prospectar as possibilidades de defesa bilateral e cooperação na área de segurança. De acordo com Austin, o interesse estadunidense consiste no combate conjunto ao terrorismo, aludindo aos grupos islamistas insurgentes em Cabo Delgado, em Moçambique. O conflito ocorre desde 2017 e as tentativas de contenção do governo central moçambicano têm falhado. Outra pauta discutida durante a reunião foi o monitoramento de atividades e fortalecimento da segurança marítima.

Fonte: Africa News

Fonte: Africanews

Vitória de Mnangagwa denuncia “fraude flagrante e gigantesca”

Data: 23/09/2023

Os resultados das eleições no Zimbábue, divulgados em 26 de agosto, surpreenderam devido à rapidez do anúncio, ocorrendo apenas 48 horas as votações, quando inicialmente planejava-se anunciar cinco depois. Essa rapidez levou a oposição, liderada por Chamisa, a rejeitar os resultados, alegando a falta de verificação adequada. De acordo com os resultados oficiais, o presidente Mnangagwa obteve mais de 50% dos votos, enquanto Chamisa acerca de 40%. A ONU expressou preocupações sobre prisões de observadores, intimidação de eleitores e ameaças de violência ocorridas durante o processo eleitoral. O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, mencionou que seu país tomou nota das declarações da Missão de Observação da União Africana (UA) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), exortando todas as partes no Zimbábue a trabalharem juntas. A missão da SADC relatou atrasos na votação, proibições de manifestações da oposição e cobertura parcial dos meios de comunicação estatais, enquanto o chefe da missão de observação da União Europeia descreveu as eleições como ocorrendo em um “clima de medo”.

Fonte: Vatican News

Zimbabwe. Eleições: País às urnas entre tensões e emergência social -  Vatican News

Fonte: ANSA

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