Clipping África Austral #141

Foi inaugurado na Namíbia o primeiro projeto de minério de ferro neutro em carbono do mundo

Data: 07/11/2023

Na segunda-feira, 7 de outubro, ocorreu na Namíbia a cerimônia de inauguração do “Projeto Oshivela”, que foi desenvolvido pela empresa HyIron com o objetivo de construir a primeira mina de minério de ferro neutra em carbono do mundo. Durante o evento, Johannes Michels, diretor-geral do projeto e diretor administrativo da Hylron, destacou que a Namíbia possui uma quantidade de minério suficiente para abastecer o mundo todo e que o projeto vai produzir 15.000 toneladas na sua fase piloto, que está prevista para começar no final de 2024. Com isso, ele afirmou que o país ganhará muito destaque no âmbito internacional. Nessa perspectiva, Michels também argumentou que a Namíbia tem uma vantagem competitiva única, pois nenhum outro país do mundo pode produzir ou comercializar o minério de ferro “verde”. Ainda no contexto da cerimônia, a ministra do Gabinete da Presidência, Christine Hoebes, alegou que esse projeto está alinhado com o objetivo da Namíbia de atingir o marco de zero emissões líquidas. “O Projeto HyIron Oshivela é um passo na construção do nosso compromisso com a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável, porque o governo se comprometeu a atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050”, disse a ministra. O embaixador da Alemanha na Namíbia, Thorsten Hutter, também se pronunciou, afirmando que a produção do ferro “verde” proporcionaria muitas oportunidades para a Namíbia e que apesar do interesse alemão na importação de minerais, o país africano é uma prioridade.

Fonte: The Namibian

Placa de um aeroporto

Descrição gerada automaticamente

Fonte: thebrief

África do Sul apresenta plano para resolver guerra da Palestina

Data: 07/11/2023

Em resposta à guerra na Faixa de Gaza, a ministra e chanceler sul-africana Naledi Pandor realizou um discurso na Assembleia Nacional do país e propôs um plano para resolver o conflito palestino-israelense, que consiste em uma força de reação rápida das Nações Unidas, um cessar-fogo imediato e a abertura completa de corredores humanitários para garantir que a ajuda tão necessária chegue àqueles que precisam. A ministra afirma a essencialidade da liberação dos reféns civis, da moderação e do diálogo entre ambas as partes. Além disso, pede que uma zona livre de armas nucleares se estabeleça no Oriente Médio para poder proteger os civis.

Fonte: Brasil 247

Imagem: 

Fonte: Misiones Diplomáticas de Cuba

“Se alguma vez disseram que os negros nascidos no Brasil eram filhos de escravizados é mentira. São filhos de reis e rainhas africanos.”

Data: 07/11/2023

Existiu um reino no centro de Angola chamado Bailundo. Sua tradição monárquica existiu desde o século XVIII. Foi em 1903, após anos de violentos avanços dos portugueses sobre o território, que a monarquia sofreu um golpe e perdeu sua independência: desde então, o Reino Bailundo se tornou uma monarquia subnacional e têm todos os seus monarcas indicados pelo Estado português. Hoje em dia, o rei simbólico de Bailundo é Tchongolola Tchongonga Ekuikui, de 39 anos: os reis de Bailundo detêm influência política e cultural principalmente sobre a região da Angola Central. Ekuikui foi convidado do Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) no mês da promoção da consciência negra, no Rio de Janeiro. Em seu discurso no debate “Futuro ancestral – História, reparação e avanço” ele destacou a necessidade de desmistificar narrativas históricas e resgatar registros mais fundamentados, a fim de “(…) reencontrar e reestabelecer nossa identidade cultural. A globalização destrói tudo aquilo que é nosso – nossa identidade cultural, nossa língua, nossos monumentos”. E é preciso que o Brasil e a África caminhem juntos. 

Fontes: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Mídia NINJA

Fonte: Fábio Nunes Teixeira – PMG

Maputo acolhe debate sobre mudanças climáticas na África Austral

Data: 09/11/2023

Pesquisadores se reuniram em Maputo, capital de Moçambique, na última semana, para a conferência que tem como lema: “Rumo a soluções locais para a prevenção precoce, alerta e redução do risco de desastres na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral e além” visando debater as mudanças climáticas e o futuro do continente. Moçambique quer compartilhar suas vivências em gestão de crises de desastres naturais e trazer para si experiências de outras regiões. A partir das discussões originadas dessa reunião, os pesquisadores esperam surgir recomendações e decisões para que administradores públicos, sociedade civil, acadêmicos e pesquisadores auxiliem na redução dos impactos causados pelas mudanças climáticas. Além disso, de acordo com Roxan Cadiz (diretora-adjunta da Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane), é esperado que possam ser desenvolvidos sistemas de aviso prévio que auxiliem a reduzir danos às comunidades locais em caso de eventos naturais que ofereçam perigo. Um dos objetivos principais da reunião é buscar avanços nas pesquisas científicas que tragam soluções para a região de curto e longo prazo. 

Fonte: O País

Fonte: Amandio Borges/O País

Do risco climático à resiliência: impactos econômicos das mudanças climáticas na Zâmbia

Data: 10/11/2023

As projeções climáticas para a Zâmbia indicam um aumento nas temperaturas médias e uma redução na precipitação, especialmente no sul e oeste do país. Isso intensificará eventos climáticos extremos como secas e inundações, afetando as bacias dos rios Zambeze, Kafue e Luangwa e a disponibilidade de água. Essas mudanças agravarão a vulnerabilidade do sudoeste do país, já propenso a secas. Os setores mais afetados serão agricultura, infraestrutura rodoviária e energia. As mudanças climáticas projetam uma queda na produtividade do milho, afetando outras culturas e a pecuária, aumentando os riscos de segurança alimentar. As inundações, principalmente na província de Lusaka, podem prejudicar a infraestrutura rodoviária, afetando a economia. A dependência da energia hidrelétrica e a previsão de seca nas principais bacias hidrográficas agravam a escassez de eletricidade, afetando a indústria de cobre, principal exportação do país. O governo zambiano está ciente desses riscos e estão integrando considerações climáticas em seu pleno desenvolvimento. No entanto, enfrenta desafios na obtenção de financiamento para medidas de adaptação, implementação eficaz de esforços e estabelecimentos de uma governança climática eficaz. Um Relatório de Implementação de Resiliência Climática (ARIP) poderia apoiar uma abordagem estratégica, considerando a gestão de recursos hídricos, adaptação na infraestrutura rodoviária e na agricultura. Essa estratégia exigirá coordenação entre ministérios e envolvimento com entidades subnacionais, permitindo uma implementação local. Uma visão ampla da certeira de investimentos é crucial para estruturar a adaptação climática e a resiliência, gerando o apoio ao desenvolvimento da Zâmbia.

Fonte: reliefweb/OCHA

Seca no Quênia

Fonte: Poder360

Madagascar: presidente da câmara baixa do parlamento pede a suspensão da eleição presidencial de 16 de novembro

Data: 10/11/2023

No dia 09 de novembro, a chefe da câmara baixa do parlamento de Madagascar, Christine Razanamahasoa, solicitou que as votações em primeiro turno para presidente – marcadas para serem realizadas no dia 16 de novembro –  sejam suspensas e afirmou que “o processo eleitoral deve estar de acordo com os padrões internacionais”. A votação já tinha sido adiada por uma semana devido ao desencadeamento de tensões políticas, mas a legislação do país não prevê uma suspensão do processo eleitoral. Segundo o jornal Africanews, cerca de 60 organizações da sociedade civil e sindicatos de Madagascar também solicitaram a suspensão da votação em primeiro turno, além da recorrente ocorrência de protestos organizados por grande parte dos candidatos da oposição contra o que foi denominado de “golpe institucional” a favor do atual presidente, Andry Rajoelina.

Fonte: Africanews 

Fonte: X/@OnDemand_News

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