Clipping Países Amazônicos #45

Por: Marcello de Freitas Maia Mascarenhas

FOTO: Getty Images

20/09/2023

Colômbia propõe troca de dívida externa por soluções sustentáveis de mudança climática

Durante a Assembleia Geral das Nações Unidas 2023, o presidente colombiano Gustavo Petro não apenas afirmou a importância de mitigar as mudanças climáticas, como também apresentou uma proposta de ações concretas às Nações Unidas. Segundo o presidente, a Colômbia e outros países em desenvolvimento podem reivindicar a troca do pagamento de suas dívidas externas pelo financiamento de projetos sustentáveis para frear os efeitos das mudanças climáticas, isto é, ao invés de direcionar recursos financeiros a credores estrangeiros, este dinheiro pode ser utilizado para a agenda climática. Segundo Susana Muhamad, Ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, o financiamento de projetos sustentáveis é fundamental para que o país cumpra as metas do Acordo de Paris (2015) e o redirecionamento dos gastos deve ser uma alternativa.


“Precisamos investir algo entre 3% à 4% do PIB anualmente em projetos climáticos para cumprir as promessas do Acordo de Paris, e estamos investindo somente 0.16% atualmente”.


Esta medida, que já foi tomada por outros países latino-americanos como Belize em 2021, dividiu opiniões na AGNU. Membros do FMI e de associações do setor privado reconhecem a proposta como um instrumento de combate às mudanças climáticas, mas consideram o desejo de reduzir a dívida externa como o único desejo dos governos que propõem esta política.

Fonte: CNN Business

27/09/2023

Declarações de Maduro trazem de volta uma disputa histórica na América Latina

Novas declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro, trouxeram à tona uma disputa territorial histórica na América do Sul entre Venezuela e Guiana. A região de Esequibo, território rico em recursos naturais com mais de 160 mil km², vem sendo disputada formalmente desde 1899 quando a Corte de Arbitragem de Paris definiu por laudo que a região era pertencente aos guianenses. No entanto, recentes descobertas de reservas de petróleo na costa de Esequibo pela empresa norte-americana ExxonMobil, chamaram a atenção dos venezuelanos e aumentaram as tensões no norte do continente. Ao reafirmar os termos do Acordo de Genebra de 1966 sobre Esequibo, Maduro afirmou em uma de suas redes sociais:

“As medidas que o seu governo está tomando violam a legalidade internacional e colocam em risco a paz da região. Não permita que a ExxonMobil, devido a interesses indevidos, leve a Guiana à escalada de um conflito” (Tradução UOL).

A alta das tensões na fronteira entre Venezuela e Guiana podem não apenas atrapalhar o plano venezuelano de melhorar sua imagem internacional, como também afetar o rápido crescimento econômico guianense desde a descoberta das reservas de petróleo. O PIB da Guiana teve um crescimento de 60.4% em 2021 e 20.1% em 2022 (Trading Economics, https://tradingeconomics.com/guyana/indicators) e é o país que mais cresce no mundo atualmente, o que certamente passa pelo petróleo de Esequibo.

Fonte: UOL

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