Clipping África Oriental #42

OMS doa kits de suprimentos para o Malawi diante de crise alimentar

09/04/2024

Por Norberto Gerheim

Ontem, 08, a Organização Mundial da Saúde (OMS) doou kits para combater a desnutrição infantil aguda severa para o governo do Malawi em resposta ao apelo recente do presidente Lazarus Chakwera’s por suporte durante a insegurança alimentar que vem se agravando no país, segundo o jornal estatal chinês Xinhua.

Neema Rusibamayila Kimambo, representante da OMS no país, falou que, alinhada ao pedido do presidente, a OMS observou um aumento nos casos de desnutrição aguda severa em crianças desde janeiro.

A representante comentou que “quando a segurança alimentar é afetada em algum país, ela é rapidamente percebida em crianças, especialmente naquelas menores de 5 anos. Essa situação não é algo que vimos somente este ano, mas ano passado também com o Ciclone Freddy e suas enchentes e a epidemia de cólera.

A OMS vai continuar colaborando com outros parceiros e o governo do Malawi para apoiar o treinamento dos profissionais da saúde na reabilitação nutricional, particularmente nos 8 distritos do sul, em que os riscos são maiores, acrescentou a representante. Os kits têm como objetivo prover mantimentos suficientes para o tratamento adequado a crianças que sofrem de desnutrição, assim como malária.

A ministra da saúde no país descreveu a doação como “oportuna e muito útil para o Malawi”, onde a taxa de mortalidade infantil permanece preocupante. A ministra falou que casos de desnutrição severa e malária em crianças no país contribuem para a alta taxa, sendo a desnutrição sozinha responsável por cerca de 30% das mortes.

(Fonte: The Sun Malaysia)

FONTE: https://thesun.my/world/who-donates-supply-kits-to-malawi-amid-food-crisis-DB12315413

Fortes chuvas na Tanzânia persistem e afetam mais de 100.000 pessoas

15/04/2024

Por Clara Ramos

Segundo um levantamento do governo da Tanzânia, nas últimas duas semanas, pelo menos 58 pessoas foram mortas em decorrência das graves inundações que assolam o país, especialmente a região costeira. O pico da estação chuvosa na Tanzânia ocorre em abril e, neste ano, a situação foi agravada pelo fenômeno do El Niño.

Cientistas da Atribuição Mundial do Clima apontam que a onda de chuvas que atinge o leste da África é uma das mais intensas já registradas, e a Agência de Imprensa Francesa ressalta o papel das mudanças climáticas como fatores de intensificação do evento.

Desde o início da estação, mais de 75 mil fazendas foram arrasadas pelas chuvas – dificultando a oferta de alimentos básicos para a população – e, até o momento, mais de 100 mil pessoas já foram afetadas pelas inundações – aquelas que vivem em áreas de risco têm recebido notificações para se realocarem em locais seguros.

Das medidas do governo tanzaniano, suprimentos estão sendo distribuídos à população afetada, inclusive alimentos. Além disso, de acordo com o porta-voz do governo, Mobhare Matinyi, a Tanzânia tem planos para construir 14 barragens de modo a evitar inundações no futuro.

(Fonte: Al Jazeera)

FONTE: https://www.aljazeera.com/news/2024/4/15/scores-killed-as-heavy-rains-trigger-floods-in-tanzania 

A ONU arrecada mais de US$600 milhões para aumentar a ajuda à Etiópia

17/04/2024

Por Marcela Gonçalves

Na terça-feira, dia 16 de abril, as Nações Unidas receberam promessas financeiras equivalentes a cerca de dois terços dos US$1 bilhão buscados para aumentar a ajuda humanitária à Etiópia, afetada por conflitos, secas e inundações. O evento de compromisso organizado em conjunto pelas Nações Unidas e os governos da Etiópia e do Reino Unido, ocorreu na sede das Nações Unidas em Genebra, com o objetivo de ampliar a assistência para 15,5 milhões de pessoas e fornecer ajuda alimentar para 10,4 milhões.

A guerra de dois anos, que eclodiu em novembro de 2020, entre o governo federal da Etiópia e as forças lideradas pela Frente de Libertação do Povo de Tigray, que domina a região norte, teve consequências devastadoras para a população e a região. Como resultado deste conflito prolongado, dezenas de milhares de pessoas perderam suas vidas, vítimas da violência direta ou de suas consequências indiretas, como a falta de acesso a alimentos e água potável, criando condições semelhantes à fome para centenas de milhares e deslocando milhões .

O padrão climático El Niño exacerbou a seca nas terras altas do norte, levando a escassez de água, pastagens secas e colheitas reduzidas para milhões de pessoas. Dessa forma, como resultado dos conflitos e choques climáticos, mais de 21 milhões de pessoas na Etiópia precisaram de ajuda humanitária este ano, com 10,8 milhões de pessoas projetadas para enfrentar a insegurança alimentar crítica durante a estação magra entre julho e setembro. 

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) relatou que 21 países prometeram um total de US$628,9 milhões. Os Estados Unidos estão contribuindo com quase US$154 milhões em assistência humanitária à Etiópia para lidar com as necessidades urgentes decorrentes de conflitos, insegurança e choques climáticos, conforme anunciado pelo Departamento de Estado dos EUA na terça-feira. Andrew Mitchell, secretário de Relações Exteriores e ministro para Desenvolvimento e África do Reino Unido, expressou esperança de que o compromisso incentive outros países, incluindo os do Golfo, a participar, embora nenhum estivesse na lista de doadores.

(Fonte: The East African)

FONTE:https://www.theeastafrican.co.ke/tea/rest-of-africa/un-raises-over-600m-to-boost-aid-to-ethiopia-4593116

‘Movimento’ forçado: Ruandeses lidam com seus próprios medos sobre o plano de asilo do Reino Unido

23/04/2024

Por Mateus Almeida Melo

O acordo entre o Reino Unido e Ruanda para realocar solicitantes de asilo britânico para o país africano está gerando uma mistura de receios e incertezas entre os ruandeses. Com altas taxas de desemprego e uma crise habitacional em curso, os cidadãos ruandeses expressam preocupações sobre a capacidade do governo em oferecer empregos e moradias adequadas tanto para eles quanto para os recém-chegados.

O acordo também enfrenta críticas de grupos de direitos humanos e oposição política, que questionam sua legalidade e ética. Além disso, há preocupações sobre a capacidade de Ruanda em oferecer condições adequadas para os refugiados, especialmente em comparação com os padrões exigidos pela legislação internacional. Enquanto o governo britânico enfatiza a segurança de Ruanda e sua tradição de acolher refugiados, as preocupações persistem sobre o tratamento e o futuro dos solicitantes de asilo transferidos.

Em meio a esses desafios, o acordo está gerando tensões internas e levantando questões sobre as políticas de imigração e as implicações sociais e políticas de tais iniciativas. Enquanto o governo busca benefícios econômicos, os críticos alertam para os possíveis impactos negativos, incluindo divisões sociais e étnicas. Assim, o debate sobre o acordo de realocação de asilo ilustra as complexidades e dilemas enfrentados por países em busca de soluções para questões migratórias e humanitárias.

(Fonte: Al Jazeera)

FONTE: https://www.aljazeera.com/features/2024/4/23/forced-move-rwandans-grapple-with-own-fears-over-uk-asylum-seeker-plan 

O Fenômeno El Niño e a Inundações no Quênia 

06/04/2024

Por: Anna Cecília de Souza Rodrigues

Nas últimas semanas vários países da África Oriental foram impactados por tempestades e inundações, e isso se deu em virtude do fenômeno El Niño, que faz com que se agrave as chuvas sazonais. De acordo com a Cruz Vermelha, foi o rio Athi, segundo maior do país, que transbordou, desse modo, a capital do Quênia, Nairobi, foi fortemente impactada.

Segundo o gabinete do governador da capital, cerca de 60 mil pessoas foram severamente afetadas pelas inundações, principalmente mulheres e crianças, e pelo menos dez pessoas morreram. Assim, as estradas estavam difíceis de locomover, visto que, a água lamacenta chegava até a cintura da população e muitas árvores caíram bloqueando as vias. 

De semelhante modo, na grande favela de Mathare, muitos cidadãos tiveram que subir nos telhados de suas casas para salvarem seus pertences e vidas, tendo em vista que, as casas ficaram submersas na água da inundação. Nesse sentido, os moradores, na última quarta-feira dia 24, fizeram uma manifestação pedindo que o governo tomasse medidas para mitigar os danos sofridos pela população. 

Logo, é possível perceber como o fenômeno gerou vários impactos na cidade e que para resolver a problemática é necessário que o governo tome medidas mais precisas e que garantam a segurança das pessoas em períodos de fortes chuvas. 

Fonte: [Simon Maina/AFP]

Fonte:https://www.theguardian.com/global-development/2024/apr/05/fears-violence-somalia-constitution

https://www.aljazeera.com/gallery/2024/4/25/deadly-floods-wreak-havoc-in-kenyas-capital

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