Madagascar se torna primeiro beneficiário de programa climático do FMI e do Banco Mundial; conheça

Data: 22/06/2024 

Por Carolina Iglezias Tobias

Projeto de estreitamento entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM) propõe ajuda a países para intensificação de esforços frente às mudanças climáticas. Madagascar será o primeiro país beneficiado pelo programa através de um empréstimo de R$1,7 bilhão.

Assim, os esforços coordenados das instituições multilaterais tentarão continuar apoiando a capacidade de adaptação do país frente às ações do clima. Isso tendo em vista a colaboração de outros parceiros para o desenvolvimento, uma vez que a mudança climática está impulsionando a pobreza em Madagascar.

A cooperação entre o FMI e o BM promovem investimentos verdes, resilientes e intervenções de adaptação que trarão vantagens imediatas. De acordo com as organizações, Madagascar também adotará uma estratégia para mobilizar o financiamento climático, a fim de reforçar sua posição como destino atrativo para investimentos relacionados ao clima.

O FMI também aprovou outro empréstimo no valor de R$1,8 bilhão em 36 meses para Madagascar, como parte da mesma linha de financiamento. Esse valor inclui 1,8 bilhão de reais de um empréstimo concedido no início do ano de 2021, que foi posteriormente cancelado e agora reintegrado ao novo pacote.

Fonte: O Globo  

Fonte: João Silva – The New York Times

O cenário político de Moçambique muda antes da votação de outubro

Data: 26/06/2024

Por Nicole Caires Bolivar

Antes das eleições gerais do dia 9 de outubro, uma nova coalizão política – a Aliança Democrática de Coalizão (CAD) – tem ganhado força em Moçambique.

A CAD é formada por membros dissidentes de partidos da oposição, incluindo políticos da Renamo, principal partido de oposição no país. Seu objetivo é mobilizar os eleitores e derrotar a Frelimo, atual partido governista que se mantém no poder desde a guerra de independência de Moçambique (1975).

Atualmente, a Renamo enfrenta problemas internos que abalaram fortemente sua estabilidade, levando alguns de seus membros a se retirarem do partido e abrindo espaço para a criação de uma nova oposição. 

Além de antigos membros da Renamo, a Aliança Democrática de Coalizão também conta com políticos outrora pertencentes a outros partidos.

Fonte: Allafrica

Fonte: Sitoi Lutxeque/DW

Detenção de ativistas no Zimbábue gera comoção e protestos reprimidos com violência

Data: 28/06/2024

Por Thainá Carmo Silva

A polícia do Zimbábue usou violência para dispersar um protesto de apoiadores da oposição ao atual governo no tribunal da capital, Harare. Os protestantes reclamavam a detenção de inúmeros ativistas que foram acusados de se reunirem sem autorização policial. Apoiadores do partido Citizens Coalition for Change (CCC) cantavam em protesto exigindo a libertação dos ativistas que tiveram suas fianças negadas.

Dentre os ativistas detidos, está Jameson Timba, líder interino de uma divisão do partido de oposição fragmentado, que foi preso junto de outros ativistas em 16 de junho durante um churrasco em comemoração ao Dia da Criança Africana. Eles enfrentam acusações de conduta desordeira e participação em reuniões para promoção da violência e podem ser condenados ao pagamento de multas ou até cinco anos de prisão. 

A Anistia Internacional denunciou as prisões afirmando ser este um padrão de repressão contra os direitos de reunião pacífica e expressão e pediu uma investigação sobre alegações de tortura dos ativistas pelos policiais. Ademais, grupos de direitos humanos afirmam que a repressão demonstra a constante opressão da oposição e de críticos do governo, além de estudantes universitários e sindicalistas. 

Todavia, Emmerson Mnangagwa, o atual presidente, que assumiu o poder prometendo reformas democráticas após um golpe em 2017, tem negado as acusações de repressão ao mesmo tempo em que alerta a oposição sobre incitações à violência.

Fonte: Africanews

Fonte: Africanews/Aaron Ufumeli

FMI corta previsão de crescimento do Zimbábue devido à seca induzida pelo El Niño

Data: 29/06/2024

Por Kíria de Sá Ferraz Pereira

O crescimento econômico do Zimbábue deve desacelerar para 2% em 2024, em comparação aos 5,3% do ano passado, devido à seca causada pelo El Niño, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O crescimento, no entanto, deve se recuperar fortemente para cerca de 6% em 2025, apoiado por uma recuperação na agricultura e projetos de capital em andamento no setor manufatureiro. As projeções do FMI são semelhantes às do Reserve Bank of Zimbabwe, o banco central do país, que na quinta-feira revisou o crescimento para baixo para 2%.

O FMI disse que as contas de importação mais altas também estão piorando as perspectivas do balanço de pagamentos, já que o Zimbábue precisa importar uma quantidade substancial de grãos para aumentar a oferta local após a seca, que reduziu a produção do cereal em 77%. A organização destacou o impacto positivo da nova moeda, o Zimbabwe Gold (ZiG), introduzida em abril, dizendo que trouxe estabilidade cambial e o fim de uma crise de instabilidade macroeconômica.

O Fundo Monetário também disse que saúda melhorias na disciplina da política monetária, mas recomenda mais refinamentos no quadro de política para garantir a estabilidade da moeda e dos preços.

Fonte: Xinhuanet

Fonte: Shaun Jusa/ Xinhua