Bah Oury destaca o potencial da Guiné: “Temos recursos minerais que interessam ao mundo…”
28/11/2024
Por Melissa Regis Oliveira
O Primeiro-Ministro da Guiné, Bah Oury, participou na abertura da 16ª edição do fórum internacional Medays, em Marrocos, em que ressaltou a relevância dos recursos econômicos de seu país no cenário global. Em seu discurso, ele destacou o papel estratégico da Guiné na redistribuição geoeconômica e geopolítica mundial.
Nesse sentido, Bah Oury enfatizou a importância de organização interna para aproveitar as riquezas minerais e estratégicas da Guiné, essenciais para seu reposicionamento no cenário internacional. Ele afirmou que o país possui os recursos necessários para desempenhar um papel central nas transformações econômicas globais: “A Guiné desempenha um papel extremamente importante neste sentido. Economicamente, temos recursos minerais e estratégicos que interessam ao mundo inteiro. Cabe-nos saber geri-los e aproveitá-los no quadro da política de reposicionamento que estamos a desenvolver”.
O Primeiro-Ministro também apelou a uma maior cooperação entre os países africanos. Segundo ele, essa união pode gerar um ambiente de co-prosperidade e atender às necessidades da juventude africana, como a criação de empregos e oportunidades. Por fim, Bah Oury destacou que, com organização e cooperação, a Guiné e o continente africano têm todas as condições para avançar em direção a um futuro mais promissor, consolidando sua relevância no panorama mundial.
FONTE: Guinée 360
Nigéria e China fazem um acordo de mais de 1 milhão de dólares para revitalizar o alumínio
13/11/2024
Por Maria Paula Barbosa Rangel
O governo nigeriano e a empresa chinesa Chinese National Chemical Engineering assinaram um acordo de 1,2 bilhão de dólares, no qual eles buscam revitalizar e renovar uma antiga usina de produção de alumínio na Nigéria. O projeto prevê a elevação da capacidade de produção da usina para cerca de trezentas mil toneladas de alumínio por ano, o que demonstra uma ação estratégica do governo, o qual busca a diversificação econômica do país e a redução da sua dependência da exportação petrolífera. Além disso, a China tem feito investimentos estratégicos em toda a região da África Ociental, tornando-se uma importante parceira econômica para esses países.
A renovação da antiga usina operada pela Nigerian Aluminium Smelter é estratégica, sendo parte dos esforços governamentais de solidificar o Estado como um importante polo industrial na África Ocidental. Dessa forma, o empreendimento será completamente modernizado, levando tecnologias avançadas para maximizar a produção, bem como reduzir os custos, além de tornar a fábrica mais ecológica e sustentável. Segundo o ministro nigeriano Epkerikpe Ekpo, essa iniciativa além de reduzir a dependência do país da exportação do petróleo bruto, contribuirá para o desenvolvimento socioeconômico, uma vez que vai gerar diversos empregos direta e indiretamente, criando um ambiente propício para o crescimento econômico da Nigéria.
Outrossim, outros setores também serão beneficiados com esse investimento, como o da construção, do transporte e da logística, os quais fornecem a infraestrutura necessária para a solidificação da indústria de alumínio no território nigeriano e para a conclusão do objetivo do governo, que pretende transformar a Nigéria no principal centro de produção e exportação de alumínio da África Ocidental. Além disso, o governo prevê que essa iniciativa promova um maior fluxo de capital estrangeiro no país, gerando investimentos para importantes setores como o da mineração, da agricultura e de energias renováveis, o que permite a entrada nigeriana em cadeias de suprimento globais, diversificando ainda mais sua economia.
A China tem sido a principal investidora na África Ocidental, fazendo parcerias estratégicas com a própria Nigéria ao longo do ano de 2024, fechando acordos de investimentos bilionários nas áreas de infraestrutura e energia. Esse projeto fortalece ainda mais as relações entre os dois Estados, o que, segundo o embaixador da China, reflete nos esforços para impulsionar o desenvolvimento industrial da África, bem como um crescimento econômico mútuo. Isso consolida ainda mais a presença do país asiatico no continente africano.
Fonte: Agence Anadolu.
Reino Unido lista grupos mercenários na África nas últimas sanções contra a Rússia
07/11/2024
Por Maria Luiza de Carvalho Allo
Após anunciar dezenas de novas sanções contra a Rússia, o Reino Unido demonstrou ter tomado as medidas visando grupos mercenários africanos apoiados pelo Kremlin, atores envolvidos na guerra da Ucrânia e que teriam participação de um ataque em solo britânico.
A partir de comunicado, o Escritório de Relações Exteriores Comunidade e Desenvolvimento britânico anunciou as novas medidas com o intuito de sancionar o complexo industrial militar da Rússia. Visando restringir o acesso de Putin a armamentos destinados à Guerra da Ucrânia, realizando assim ataques contra o “coração da máquina de guerra de Putin” o qual alimenta o conflito na Ucrânia.
Ademais, foram também apontados, como alvo do suposto fornecimento e produção de materiais com fins bélicos – como drones – países com relações formais com a Rússia. Dentre os países listados, encontram-se Turquia – que vem estreitando os laços com a Rússia – e China, parceiros de longa data de Putin.
Três grupos mercenários privados, incluindo o sucessor do Grupo Wagner Africa Corps e “11 indivíduos associados a proxys russos” também foram sancionados. O Ministério das Relações Exteriores britânico abordou a ligação desses com o governo russo em fala: “Esses alvos têm ligações diretas com o Kremlin, ameaçaram a paz e a segurança na Líbia, no Mali e na República Centro-Africana, e cometeram abusos generalizados dos direitos humanos em todo o continente”.
Após as medidas, o Reino Unido tornou-se o primeiro membro do G7 a sancionar diretamente o grupo Africa Corps, condenando os atos cometidos pelo grupo e o caracterizando como o responsável por ameaçar a estabilidade e segurança em toda a África. A medida pode ser caracterizada como um ataque à Rússia, mas também corrobora para um olhar mais crítico a respeito da atuação dos grupos militares privados, sob influência russa, atuando no Mali e demais países africanos.

Fonte imagem: HANDOUT / TELEGRAM / @ razgruzka_vagnera/AFP
