Denúncia de abuso sexual contra subsecretário do Ministério do Interior causa repercussão política no Chile
18/10/2024
Por: Isabela Caroline Souza de Jesus
O subsecretário do Ministério do Interior e Segurança Pública do Chile, Manuel Monsalve, renunciou ao cargo nesta semana após ser acusado de abuso sexual por uma funcionária de sua própria repartição. A denúncia veio à tona poucos dias após o incidente, e a pressão pública rapidamente se intensificou, levando Monsalve a deixar sua posição. Ele foi substituído por Luis Cordero, até então ministro da Justiça. Apesar de afirmar com convicção que provará sua inocência no decorrer das investigações, Monsalve justificou sua saída argumentando que a continuidade e o bom funcionamento do Ministério do Interior eram prioritários para o governo, especialmente em um momento delicado como este.
O caso gerou uma ampla repercussão em todo o país, especialmente entre membros do governo e grupos feministas. A demora relativa no posicionamento da ministra da Mulher e da Equidade de Gênero, Antonia Orellana, provocou críticas severas, particularmente por parte da bancada feminista da oposição, que a acusou de agir de forma incoerente e parcial em relação ao caso. A insatisfação foi agravada pela revelação de que o governo já tinha conhecimento da acusação antes de sua divulgação pública. O incidente teria ocorrido em 22 de setembro, e a vítima relatou que os comportamentos inadequados de Monsalve começaram em 1º de setembro. A percepção de inação por parte do governo levantou questionamentos sobre a falta de medidas imediatas e a gestão da crise, colocando ainda mais pressão sobre os ministros e autoridades envolvidas.

Fonte imagem: Infobae
Fonte: La Tercera / infobae https://www.latercera.com/nacional/noticia/la-denuncia-en-contra-del-exsubsecretario-monsalve/LRCTWAD675FHZC6NX4AIMPKP7U/ https://www.infobae.com/america/america-latina/2024/10/18/terremoto-politico-en-chile-por-la-renuncia-del-subsecretario-de-interior-acusado-de-violacion/
B20 destaca o papel do Brasil na transformação da matriz energética para o desenvolvimento sustentável
26/10/2024
Por Isabela Caroline Souza de Jesus
Nesta quinta-feira (24/10), mais de mil empresários se reuniram na cidade de São Paulo para o B20 Summit Brasil, evento que visa definir as recomendações do setor privado para a próxima cúpula do G20, que ocorrerá em novembro no Rio de Janeiro. O B20 (Business 20), como fórum de diálogo entre o G20 e a comunidade empresarial, colocou em pauta temas importantes para o desenvolvimento global, como o crescimento inclusivo, o combate à fome, a valorização do capital humano e a resiliência nas cadeias de valor. Em suas discussões, os empresários reforçaram a necessidade de o Brasil atuar como líder global na transição para uma matriz energética sustentável, destacando seu potencial em fontes renováveis, como solar, eólica e bioenergia.
Além disso, as lideranças empresariais apontaram que o Brasil tem uma oportunidade única de se consolidar como exemplo de economia de baixo carbono, investindo em práticas e tecnologias que reduzam a emissão de gases de efeito estufa. O vice-presidente Geraldo Alckmin reforçou o compromisso do governo brasileiro com essas diretrizes, afirmando que as recomendações do B20 estão alinhadas com as metas do G20 de construir uma economia mais inclusiva, sustentável e justa. Dessa forma, o evento ressaltou como o Brasil pode desempenhar um papel fundamental na agenda global, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e para a promoção de uma economia que una crescimento e inclusão social.

Fonte imagem: Paulo Pinto
Fonte: Metrópoles / Agência Brasil https://www.metropoles.com/negocios/industria/b20-brasil-fiesp-diz-que-e-preciso-aliar-sustentabilidade-e-inclusao https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-10/g20-governo-e-empresarios-se-alinham-sobre-na-reforma-da-omc
Argentina reduz taxa de juros e intensifica medidas de controle econômico
09/11/2024
Por Isabela Caroline Souza de Jesus
O Banco Central da Argentina surpreendeu ao reduzir em 500 pontos-base a taxa de juros para 35% nesta sexta-feira do dia 1 de novembro, em meio a um contexto de inflação ainda alta, mas com sinais de desaceleração. Essa medida marca a sétima redução consecutiva desde que Javier Milei, presidente libertário, assumiu o cargo em dezembro, quando a taxa era de 133%. Milei adotou uma política de austeridade severa para enfrentar a crise inflacionária que há anos afeta a economia argentina, sendo o controle da inflação seu principal objetivo. Com a inflação anual ainda acima de 200%, o Banco Central justificou a redução com a melhoria nas expectativas inflacionárias e o fortalecimento da política fiscal. A inflação mensal, que no final de 2023 ultrapassava 25%, caiu para 3,5%, indicando um progresso nas medidas de Milei, mas que ainda enfrenta desafios profundos.
As reformas de Milei têm implicações políticas e econômicas significativas, especialmente no contexto histórico de crises econômicas recorrentes na Argentina, marcadas por hiperinflação e políticas de controle cambial. Com cortes profundos nos gastos públicos, como a eliminação de subsídios para energia e transporte, o governo conseguiu reduzir o déficit fiscal, mas essas ações também aumentaram a recessão e elevaram a taxa de pobreza para mais de 50%. A anistia fiscal atraiu cerca de 18 bilhões de dólares de volta aos bancos locais, ajudando a estabilizar a economia, mas as reformas austeras de Milei refletem uma linha política que divide a opinião pública. Em um país que tem uma tradição histórica de movimentos populistas e políticas de bem-estar social, as medidas de Milei representam uma virada liberal que altera profundamente o cenário econômico e social, trazendo desafios de longo prazo para um equilíbrio entre o crescimento e a inclusão social.
Fonte: CNN Brasil https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/argentina-reduz-taxa-de-juros-com-melhora-nas-expectativas-de-inflacao/
