FOTO: Guyana Times
Bolívia Autoriza Importação de Sementes de Soja Geneticamente Modificadas para Aumentar Produção
Data 04/12/2024
Por Isabela Buters
O governo da Bolívia autorizou a importação de sementes de soja geneticamente modificadas com o objetivo de aumentar a produção e melhorar a competitividade do setor. A medida foi anunciada pelo vice-ministro de Políticas de Industrialização, Luis Siles, após uma reunião com representantes da indústria oleaginosa. O presidente Luis Arce, segundo Siles, está adotando ações estruturais para otimizar a produção de soja, incluindo a liberação dos eventos Intacta e HB4. Além disso, o governo implementou um crédito produtivo com taxa de juros de 0,5% ao ano para apoiar os produtores.
As sementes autorizadas incluem a soja Intacta MON87701 x MON89788, aprovada em outubro, e a soja HB4, que tem resistência à seca graças à introdução de um gene proveniente do girassol, o HaHB4. Esse gene permite que a planta tenha maior tolerância a estresses abióticos, como a falta de água, o que pode ser crucial em um cenário de mudanças climáticas e escassez hídrica. A aprovação dessas sementes visa melhorar o rendimento das lavouras e aumentar a produção nacional de soja.
A Bolívia é um importante produtor e exportador de soja, com a indústria oleaginosa representando um setor significativo na economia do país. Em 2023, o país exportou soja no valor de US$ 1,75 bilhão, atingindo 3,2 milhões de toneladas. Até setembro deste ano, as exportações do setor geraram US$ 523 milhões com a venda de 708.000 toneladas. A autorização da importação das sementes geneticamente modificadas busca fortalecer ainda mais essa indústria e aumentar sua participação no mercado internacional.
Governo da Guiana firma parceria com universidade indiana de ciências forenses
06/12/2024
Por Giovanna Ornelas
O governo da Guiana firmou uma parceria estratégica com a National Forensic Sciences University (NFSU) da Índia, com a intenção de capacitar seus oficiais em técnicas investigativas avançadas, ciência forense, segurança cibernética e psicologia forense. O acordo tem o intuito de fortalecer a aplicação das leis no país, além de estabelecer a Guiana como um centro de treinamento regional nessas áreas.
O acordo foi firmado durante uma reunião entre o presidente Dr. Irfaan Ali e representantes da NFSU e do governo indiano. Os treinamentos ofertados para os oficiais da Força Policial da Guiana ocorrerão na Academia de Polícia da Guiana. Outro destaque da cooperação é a gestão e operação do Laboratório Forense Nacional da Guiana, que desempenhará um papel crucial no avanço das investigações forenses no país.

Como o tráfico entre Peru e Brasil coloca indígenas em risco
Data: 16/01/2025
Por Júlia Assis Campos
O narcotráfico na fronteira entre o Brasil e o Peru tem mudado drasticamente a vida das comunidades indígenas que vivem na Amazônia. Essas populações, que sempre estiveram conectadas à floresta e dependem dela para sua sobrevivência, agora enfrentam a invasão de narcotraficantes e o avanço do cultivo de coca. As consequências são devastadoras: a segurança dessas pessoas está ameaçada, enquanto seus territórios e a rica biodiversidade local sofrem com a degradação ambiental.
Líderes indígenas relatam um cenário de constante tensão. Grupos criminosos têm avançado sobre áreas protegidas, como o Parque Nacional Sierra del Divisor, destruindo o que encontram pelo caminho e intimidando quem tenta resistir. Para os povos que vivem nessa região, a luta para proteger suas terras se torna cada vez mais perigosa, com a ameaça de violência sempre presente.
Como se não bastassem as plantações ilegais de coca, estradas clandestinas estão sendo abertas no meio da floresta. Essas vias facilitam o transporte de drogas e recursos naturais, como madeira, mas deixam um rastro de destruição por onde passam. Para as comunidades indígenas, essas estradas representam uma ferida aberta na floresta, que antes lhes oferecia abrigo e sustento.
Mesmo diante de tantas dificuldades, os indígenas não estão desistindo. Organizações locais e grupos ambientais têm se unido para ajudar essas comunidades a fortalecer sua autonomia e criar alternativas sustentáveis. São pequenos passos, mas essenciais para garantir que essas populações possam resistir e continuar protegendo a floresta que tanto significa para elas.
O problema, no entanto, é grande demais para ser enfrentado apenas por essas comunidades. Sem ações concretas dos governos do Brasil e do Peru, o narcotráfico continuará se espalhando, trazendo destruição e colocando em risco a vida de quem vive na região. Mais do que nunca, é necessário ouvir os povos indígenas, que têm sido guardiões da Amazônia por séculos, e garantir que eles tenham o apoio necessário para proteger suas terras e o futuro da floresta.
FONTE: https://www.nexojornal.com.br/externo/2024/12/08/trafico-brasil-peru-impacto-indigenas
