Queda do petróleo pode afetar Angola
11/04/2025
Por Luiz Eduardo Leite Carmo
A Angola vem passando por dificuldades desde que o presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, anunciou a aplicação de maiores tarifas para diversos países. Trump voltou atrás em sua decisão e manteve apenas a aplicação das tarifas sobre a China, entretanto, apenas sua fala foi suficiente para prejudicar diversos outros países, visto as movimentações do mercado, como é o caso de Angola.
O país é completamente dependente de sua exportação de petróleo e, com os anúncios do presidente americano, o preço do barril de petróleo desceu de US$74,00 para US$65,00, o que se encontra abaixo do preço estipulado pelo orçamento geral de Estado de Angola e prejudicará o país com suas exportações. Assim, Angola terá de fazer uma revisão orçamental, o que será complicado, já que o nível de produção do país permanece o mesmo, contribuindo apenas para a queda da receita do país e a perpetuação de mais dívidas.
Com as consequências da guerra comercial iniciada pelos EUA e o preço do petróleo baixando para o menor preço dentre os últimos quatro anos, bolsas de valores colapsaram e o medo de Angola se tornou a diminuição da busca do petróleo no mercado global, seu principal produto de exportação. Com o abrandamento econômico, é possível que despesas do país sejam adiadas por falta de recursos, além de Angola já encontrar-se pedindo um empréstimo de US$4.5 milhões para o Fundo Monetário Internacional.
É fato as dificuldades perpassadas por Angola na atualidade, o que torna ainda mais importante a necessidade do país de buscar outras fontes de renda que não o petróleo, diversificando sua economia e não dependendo de apenas um produto para o sucesso da receita do país.
Fonte: DW
Alemanha está a impulsionar o hidrogênio verde na Namíbia
19/04/2025
Por Sarah Thiely Amarante de Andrade
A Namíbia tem desempenhado um papel crescente na redução global das emissões de gases de efeito estufa. A 120 quilômetros do maior porto do país, Walvis Bay, encontra-se uma das mais recentes contribuições: o projeto Oshivela, voltado para a produção de aço verde a partir de fontes de energia renovável. No local, há cerca de 44 mil painéis. A expectativa é que, a partir de 2028, sejam produzidas aproximadamente 1 milhão de toneladas de amoníaco verde, destinadas principalmente aos mercados da Ásia e da Europa.
A relação econômica entre a Alemanha e a Namíbia fortalece-se no contexto em que o país europeu busca descarbonizar sua indústria siderúrgica, atualmente dependente do carvão, responsável por emissões de carbono. Nesse cenário, a Namíbia é uma oportunidade estratégica para fortalecer sua economia, investindo no setor de hidrogênio verde. O Ministério Federal da Educação e Pesquisa financia dois projetos no país com cerca de 22 milhões de euros, enquanto a empresa alemã Enertrag é a principal acionista da Hyphen, um projeto de desenvolvimento energético localizado no sul da Namíbia.
Apesar dos investimentos representarem um avanço significativo, eles não garantem o sucesso da indústria do hidrogênio no país. A empresa HyIron, que já iniciou suas operações, consegue competir em termos de preço com o aço tradicional, mesmo sem grandes lucros iniciais, mas o foco atual é mostrar que funciona.
Atualmente, existe uma falta de procura, o que por sua vez afeta o desenvolvimento do aço verde. Os acordos de compra de hidrogênio verde produzido na Namíbia ainda são escassos, que é devido às condições atuais do mercado internacional, pois a aplicação integral do Mecanismo de Ajustamento das Fronteiras de Carbono da União Europeia— criado para equilibrar a competitividade entre a produção verde e a de carbono— só será concluída em 2034. Ainda assim, a HyIron tornou-se a primeira empresa de hidrogênio da Namíbia a firmar um acordo de compra, o que eleva as expectativas para o crescimento da economia verde no país.
Fonte: DW
Fonte: DW
General Brice Nguema vence eleições presidenciais no Gabão
14/04/2025
Por João Victor Maldonado Alvim Fonseca
O general Brice Oligui Nguema, líder da junta militar à frente do Gabão desde o golpe de estado de 2023, venceu as eleições presidenciais do sábado (12 de abril), com mais de 90% dos votos.
O general Brice Clotaire Nguema derrotou o antigo primeiro-ministro Alain Claude Bilie-By-Nze que registrou apenas 3% dos votos, enquanto os demais 6 candidatos não ultrapassaram dos 1%.
Independente da França desde 1960, o Gabão passou a ser governado desde 1967 pela família Bongo, primeiro por Omar Bongo de 1967-2009 e depois pelo seu filho Ali Bongo 2009-2023. Assim, estas eleições formalizam constitucionalmente o fim da dinastia Bongo que estava no poder desde 1967.
O fim da dinastia Bongo se deu em 30 de agosto de 2023 quando o mesmo general Brice Oligui Nguema liderou o golpe. Os militares justificaram a derrubada de Ali Bongo por manipulação e falta de credibilidade do escrutínio durante o último processo eleitoral ocorrido em 2023.

Fonte: DW
Fonte: DW
