Texto Conjuntural #3 Colômbia: uma perspectiva
Atualmente a Colômbia tem passado por grandes acontecimentos em seu território, da visita do Papa Francisco, enquanto o último pontífice que esteve na Colômbia foi em 1986, com o então Papa, João Paulo II, até recolhimento das armas das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a qual foi fundada em 1964, e atualmente, depois de meio século de conflito armado vem passando pelo processo de desarmamento e criando seu partido político.
Na sua relação fronteiriça com o Brasil, a Colômbia, assim como o governo brasileiro tem deixado a região com espaços oportunos a ações de grupos criminosos, devido à pouca atuação de ambos os Estados na área. O tráfico de diferentes bens, como afirmam as autoridades colombianas, é um dos meios pelos quais tais grupos criminosos, que atuam nessas áreas, conseguem a manutenção de suas “economias de guerra”. Além disso, existe outro fator que essa falta de impermeabilidade das fronteiras gera, sendo ele o deslocamento de indígenas colombianos para territórios brasileiros, neste caso, em busca de serviços de saúde e educação.
Dentre esses atuais acontecimentos da Colômbia, é possível encontrar uma ligação entre eles, um denominador em comum que pode ser considerado em cada um, que é o acordo de paz entre as Farc e o governo colombiano. É fato que a visita do Papa Francisco foi uma forma de celebração com os fiéis colombianos pelo fim do grupo, assim como também é possível compreender que os problemas fronteiriços com Brasil era uma forma de “economia de guerra” da, agora, antiga Farc, mas também de outros grupos menores e não apenas colombianos, como também grupos de criminosos brasileiros.
O final das Farc será menos um trabalho para o governo da Colômbia, entretanto, o país ainda tem muitos esforços a serem feitos para uma harmonização dos seus interesses. A própria ONU ainda alerta sobre as situações humanitárias nas fronteiras colombianas, e chama atenção para a competência das instituições do país para cuidar de problemas como os deslocados forçados.
Bibliografia:
ps://brasil.elpais.com/brasil/2017/09/05/internacional/1504572272_950170.html