Militares encontram heroína em edifício ocupado por insurgentes em Cabo Delgado
18/10/21
Segundo as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, foram encontrados 25 quilos de heroína em zonas controladas por grupos insurgentes em Cabo Delgado. A quantia se soma aos 250 quilos incinerados em Pemba e mais 400 quilos encontrados em junho, na província de Zambézia. A descoberta confirmou o que autoridades internacionais já apontavam em relatórios, a de que Cabo Delgado se tornou um corredor de heroína advindo da Ásia. Além disso, a UNODC (Escritório das Nações Unidas para a Droga e Crime Organizado) apontou o tráfico de drogas como um dos motivos que influenciam o conflito na região.
Fonte: DW
África do Sul rejeita vacina anti convid russa
18/08/21
A África do Sul rejeitou a vacina Sputnik V, alegando o medo de que a vacina possa aumentar as taxas de infecção por HIV entre homens, segundo porta-voz da Autoridade Reguladora de Produtos de Saúde da África do Sul (SAPHRA). A África do Sul é o país da África Austral mais afetado pela pandemia de Covid-19, com quase 3 milhões de casos e mais de 88 mil mortes; no entanto, a África do Sul também possui o maior número de portadores de HIV do mundo. Atualmente, as vacinas da Sinovac, Pfizer e Johnson & Johnson foram aprovadas no país.
Fonte: Notícias Bol
Namíbia: Rivais debatem direito ao aborto – Igreja vs. Pró-escolha em audiência acalorada
18/08/21
A Comissão Parlamentar sobre Igualdade de Gênero, Desenvolvimento Sociais e Questões Familiares da Namíbia está conduzindo uma audiência pública de quatro dias para debater as petições que pedem a legalização do aborto. A defesa da criminalização vem principalmente de setores da Igreja Católica no país, tendo como seu principal representante na audiência Francois Louw, da Coalizão das Igrejas. Louw argumentou que o aborto pode ter consequências psicológicas e físicas na mulher, além de causar “uma ferida na sociedade”. Já a favor da legalização, a Voices for Choices and Rights Coalition, representada na audiência por Ndiilo Nthengwe, defendeu que a criminalização vai contra os princípios de liberdade individual e proteção da privacidade, sugerindo que o governo deveria oferecer serviços gratuitos para a terminação da gravidez de até 28 semanas.
Fonte: allAfrica
Protestos pró-democracia paralisam o reino de eSwatini
19/10/21
Na segunda-feira, dia 18/10, os protestos de alunos, trabalhadores e grupos pró-democracia contra o Rei Mswati III de eSwatini se intensificaram, provocando bloqueios de estradas no pequeno reino africano. Os relatos apontam falta de combustível e ataques incendiários nas esquadras da polícia, além de pessoas não conseguiam chegar ao trabalho devido à intimidação e falta de transporte público, porque condutores de autocarros e táxis estão em greve e interrupções no serviço de Internet do reino. Jovens relatam uso excessivo da força durante as manifestações estudantis, e o Governo determinou o encerramento por tempo indeterminado das escolas, o que afetou negativamente crianças e jovens. A pressão para instituir reformas democráticas aumentou sobre o último monarca absoluto de África após protestos e greves prolongadas, que começaram em junho e voltaram nos últimos dias. Mswati tem sido criticado pelo seu estilo de vida de ostentação de riqueza, em contraste flagrante com a pobreza generalizada vivida por grande parte da população em eSwatini. A dissidência no reino é quase impossível, uma vez que os partidos políticos foram proibidos desde 1973.
Fonte: DW
Malawi e Quênia assinam 8 acordos de cooperação
19/10/21
O presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, e o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, anunciaram nesta quinta-feira que os dois países assinaram acordos de cooperação nas áreas de saúde, agricultura, defesa, diplomacia, turismo, entre outros. Durante a conferência de imprensa na qual os acordos foram anunciados, Chakwera reafirmou o compromisso de ambos Malawi e Quênia para a manutenção da paz em Moçambique, e também incentivou investidores quenianos a fazerem negócios no Malawi, citando a abundância de recursos naturais, flexibilidade de vistos e desenvolvimento da infraestrutura como pontos fortes de seu país.
Fonte:Times
FMI elogia Angola por continuar reformas e diz que país merece “crédito”
21/10/21
Em uma declaração na quinta-feira, dia 21/10, o diretor do departamento africano do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Aemro Selassie, afirmou ser preciso “dar crédito a Angola” por continuar a implementar as reformas apesar das dificuldades, e acrescentou que brevemente os esforços darão frutos. No final da apresentação do relatório sobre as Perspectivas Econômicas para a África subsaariana, Selassie explicou que “apesar deste choque monumental [em virtude da pandemia], as autoridades angolanas perseveraram nas reformas e estão conseguindo superar as dificuldades, dando passos significativos para reduzir os desequilíbrios macroeconômicos e posicionar o país para beneficiar da recuperação do preço do petróleo”, a maior fonte de receitas do país. No documento, os técnicos do FMI salientam que a melhoria das previsões para o conjunto dos países da região resulta de melhores condições internacionais, “o que indica que a região continua altamente vulnerável a mudanças na perspectiva global, onde os dois principais riscos são a inflação nos Estados Unidos e a possibilidade de a covid-19 se tornar endêmica, como a gripe”. Assim, os decisores políticos africanos enfrentam três desafios principais: “Primeiro, lidar com as necessidades urgentes de despesa para o desenvolvimento, segundo conter a dívida pública e, em terceiro lugar, mobilizar receita fiscal em circunstâncias onde as medidas adicionais são geralmente impopulares”.
Fonte: DW
Madagascar: seca severa poderá causar a primeira situação de fome por mudança climática

22/10/21
Conforme o Programa Mundial de Alimentos, PMA, mais de 1 milhão de pessoas no sul do Madagascar estão batalhando para conseguir o suficiente para comer. O Madagascar é a quarta maior ilha do mundo e tem um ecossistema único, com plantas e animais que não são encontrados em nenhuma outra parte do planeta. Geralmente, a temporada de secas vai de maio a outubro, e a de chuvas começa em novembro, porém a mudança climática vem alterando este ciclo, afetando pequenos agricultores e seus vizinhos; as secas em Madagáscar colocam o país africano entre aqueles onde há mais fome. Alice Rahmoun, representante do PMA, explica que o impacto da seca difere de lugar para lugar: enquanto algumas comunidades não têm uma temporada apropriada de chuvas há 3 anos, a situação é bem pior em zonas a 100 km de distância. Além da seca extrema, a praga dos gafanhotos do deserto continuará aumentando o risco de danos às pastagens e às plantações, sendo o peso desta situação para as famílias muito perturbador. O PMA está colaborando com parceiros humanitários e com o governo do Madagascar para fornecer mecanismos de resposta à crise: cerca de 700 mil pessoas estão recebendo ajuda alimentar, incluindo suplementos para prevenir a desnutrição. Ademais, o PMA auxilia com canais de irrigação, reflorestamento e pequenos seguros para ajudar os agricultores quando perdem uma colheita, por exemplo.
Fonte: ONU News