Cabo Delgado: Ministro da Defesa diz que “não há alastramento” do conflito
03/10/2022
Após ataques suspeitos serem registrados em Nampula, no norte de Moçambique, o ministro da Defesa de Moçambique, Cristovão Chume, declarou que “não há alastramento” do conflito armado. Em setembro, grupos desconhecidos atacaram aldeias de dois distritos na linha de fronteira entre Nampula e Cabo Delgado. As incursões rebeldes provocaram um total de 47 mil deslocados, mas a maior parte já voltou às suas zonas de origem com a melhoria das condições de segurança, informou hoje à Lusa o delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) em Nampula, Alberto Armando. Ressaltasse que, Cabo Delgado enfrenta uma insurgência armada desde 2017 com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano por forças do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas levando a uma nova onda de ataques noutras áreas. Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Fonte: DW
Partido populista do Lesoto ganha a maior parte dos assentos nas eleições, porém, ainda sem a maioria absoluta.
10/10/2022
Na última eleição do Reino do Lesoto, o partido populista Revolution for Prosperity (RFP), liderado pelo magnata do ramo de mineração de diamantes Sam Matekane, conquistou 56 dos 120 assentos que constituem o parlamento. Isso faz com que seja necessário que o RFP faça coalizões para conquistar a maioria absoluta dos assentos e assim possa governar o país. Caso isso ocorra, será a primeira mudança de governo no Reino após 5 anos em meio a várias crises políticas sob a liderança do partido All Basotho Convention (ABC). O novo partido RFP surgiu neste ano com o intuito de ser uma alternativa ao atual governo e promete acabar com a corrupção e o nepotismo do país e focar no crescimento econômico, nivelando o ambiente de negócios para as empresas.
Fonte: Reuters
Refugiados da República Democrática do Congo em Angola: sem pátria e sem direito à identidade.
Imagem 1: Refugiados da República do Congo em Angola

Fonte: DW/N. Sul d’Angola
14/10/2022
O repatriamento voluntário dos congoleses na cidade de Lovua, localizado na província angolana de Lunda Norte, ainda não foi finalizado. O processo foi retomado em julho deste ano após ser interrompido em 2020 por conta da pandemia de Covid-19. A chefe interina da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Stephany Contreiras, garantiu que o repatriamento continuará enquanto existirem condições seguras e os cidadãos manifestarem vontade em regressar à República Democrática do Congo (RDC). João Malavindele, coordenador da ONG Omunga que também trabalha com refugiados, alertou para o fato de que refugiados e imigrantes muitas vezes não têm documentos e isso impede a garantia de direitos básicos como a saúde, a educação e a propriedade. Assim, o ativista apela para uma maior intervenção do Estado angolano para que haja garantia desses direitos.
Fonte: DW