Partido Democrático do Povo não reconhece vitória de Ganduje como governador de Kano
Data: 27/03/2019

As eleições suplementares de governança no Estado de Kano ocorreram neste domingo (24/03), mas ao longo da semana já vêm sendo o grande destaque dos jornais locais da Nigéria. Vinculada à progressiva desconfiança do PDP em relação à Comissão Nacional Eleitoral Independente (INEC), a vitória de Ganduje (Partido APC – partido da oposição) se tornou um agravante à crescente tensão existente no setor político nigeriano. O processo eleitoral foi marcado por uma série de violências onde, segundo declarações da Sala da Situação da Sociedade Civil, um grande número de bandidos foi visto intimidando eleitores. Tal situação chegou a motivar a sugestão de que, os votos em regiões onde tais coerções ocorreram deveriam ter sua contabilização descartada. Em contraponto a isso o governador do estado de Kano, Abdullahi Ganduje, descreveu o processo de sua reeleição como “democracia em ação”.
O cenário nigeriano, portanto, segue intensificando este impasse e a rivalidade entre os partidos, principalmente no que diz respeito aos questionamentos que vêm sendo feitos por Abba K. Yusuf, que considera ilegítima tanto a reeleição do partido APC quanto da atuação do INEC nessa disputa.

Fonte: Ripples Nigeria

Alarming’ Burkina Faso unrest threatens west African stability

Data: 07/03/2019

No início do mês de março de 2019, agitações em torno da questão da segurança na Burkina Faso voltaram a tona no cenário internacional. Uma deterioração rápida e alarmante da situação da segurança no país, pode provocar a desestabilização de uma vasta área do oeste africano, atingindo principalmente seus vizinhos do sul, Gana, Togo e Benin. O governo local não possui força suficiente para conter as ameaças terroristas e não consegue identificar com muita clareza a origem dos ataques, tal instabilidade acaba delegando responsabilidades para além de suas fronteiras e de certo modo mobilizando a comunidade internacional. A deterioração da segurança no país se torna ainda mais alarmante dada a possibilidade de grupos militantes ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico de conseguirem estabelecer uma presença nos países fronteiriços, e assim terem acesso aos principais portos da África Ocidental, situados na região do Golfo da Guiné, e a partir de então fornecerem rotas de tráfico mais claras para armas e drogas.

Fonte:The Guardian

A primeira eleição em Camarões após o referendo que permite estender o mandato presidencial por mais de um período de cinco anos, reelegeu Assoumani para seu segundo mandato consecutivo.

No último domingo (24/03), foram realizadas as eleições em Camarões. Os resultados dos votos mostraram a vitória do presidente Azali Assoumani pela segunda vez consecutiva, o que gerou uma repercussão negativa pelo país, principalmente na ilha de Anjoun. Isso porque, anteriormente, existia uma rotação da presidência entre as ilhas, de modo a evitar golpes de Estado e detenção do poder por apenas uma ilha. No entanto, após um referendo em julho que estendeu os limites dos termos presidenciais, passou a ser permitido que o presidente fosse reeleito após o seu mandato para mais cinco anos, totalizando dez anos no poder. Essa concessão gerou diversos protestos, temendo pela permanência de Assoumani na presidência por dez anos seguidos no total.

Após os resultados dessa terça-feira, a oposição já rejeita o presidente eleito e acusa as eleições de terem sido fraudulentas, baseando-se em diversas irregularidades que foram presenciadas.

Fonte: https://af.reuters.com/article/comorosNews/idAFL8N21D66V