Londres e Washington questionam credibilidade de eleições na Tanzânia
Data: 27/11/2019
Os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido, apontaram no último dia 27, que as eleições que ocorreram na Tanzânia podem ter tido irregularidades. O questionamento a irregularidade, se deve ao fato de que 99% das vagas, foram ocupadas por candidatos do partido do presidente do país, Jonh Magufuli.
O partido que se chama Chama Cha Mapinduzi (CCM) em algumas regiões não tinham nem opositores, de acordo com os dados oficiais, o CCM conquistou 99% dos cerca de 16.000 das vagas em aberto. Tanto os EUA quando o Reino Unido, acreditam que os obstáculos colocados pelas autoridades tanzanianas aos candidatos da oposição não garantem uma credibilidade as eleições.
O Chadema, o principal partido da oposição, decidiu não participar nas eleições, explicando que os seus candidatos tinham sido intimidados ou sujeitos a regras destinadas a bloquear as suas candidaturas. Cinco outros pequenos partidos juntaram-se ao boicote. Paralelo a isso, tanto a Anistia Internacional, quanto a Human Rights Watch, divulgaram dados em que mostram que a repressão contra a sociedade civil e a oposição aumentaram.
Fonte: Mundo ao Minuto
Uganda leva a tribunal 67 pessoas detidas em bar dedicado à comunidade LGBT
Data: 12/11/2019
O governo da Uganda vai julgar 67 pessoas que foram detidas em um bar LGBT. As pessoas foram presas sob a acusação de “incômodo público”. De acordo com a advogada Patrícia Kimera, os réus podem enfrentar uma pena máxima de um ano. Ainda de acordo com Patrícia, essas acusações são “mesquinhas”.
Os 67 réus vão continuar na prisão, sem fiança, e irão a tribunal novamente a ainda neste ano. O advogado dos direitos humanos Nicholas Opiyo apontou que a polícia ugandesa já libertou 50 dos outros detidos numa operação realizada no domingo, num bar na capital do Uganda, Kampala.
Por outro lado, o porta-voz da polícia, Patrick Onyango, negou que a operação tivesse como alvo a comunidade LGBT. Os homossexuais enfrentam uma forte discriminação em várias regiões da África Subsariana, sendo que o Código Penal do Uganda pune relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo – considerado “antinatural” – com uma pena que pode ir até prisão perpétua.
Fonte: Expresso
Fonte: Istoé
Exploração de madeira e carvão causa devastação ambiental na RD Congo
Data: 09/12/2019
A República Democrática do Congo abriga grande parte da floresta da Bacia do Congo, na África, o ‘pulmão verde’ do continente e a segunda maior floresta tropical do mundo, depois da Amazônia. A República Democrática do Congo divide a Bacia, de 150 milhões de hectares, com o vizinho Camarões, a República Centro-africana, o Gabão, a Guiné Equatorial e Congo-Brazzaville. A gestão da parte da República Democrática do Congo na Bacia é determinada por seu código florestal de 2002, mas apenas 8% são administradas de forma que atenda às diretrizes, segundo estatísticas oficiais. As normas limitam estritamente quantas árvores podem ser derrubadas ao ano por empresas que tenham recebido concessão, mas as explorações ilegais e descontroladas da madeira driblam dessas normas, enquanto agentes estatais costumam ser cúmplices dos abusos.
Durante a Conferência do Clima, em Madri (COP25), a seção africana do Greenpeace e uma coalizão de oito organizações não governamentais dos dois Congos pediram uma suspensão de todas as atividades industriais em regiões cobertas por turfa, antigas áreas pantanosas que armazenam enormes quantidades de carbono. As atividades nestas áreas incluem exploração de petróleo, de madeira e agricultura industrial. O uso generalizado de carvão em um país onde milhões de pessoas não têm acesso a energia elétrica, gás ou outras fontes de energia limpa, aumenta a pegada ecológica da RDCongo. A maioria dos 80 milhões de habitantes do país usam o carvão – conhecido localmente como ‘makala’ – para atividades domésticas, como cozinhar.
O presidente recém-eleito, Felix Tshisekedi, fez do maior acesso à eletricidade uma prioridade, mas muitas pessoas têm expressado temores sobre os danos provocados pela construção da enorme represa para a hidrelétrica Inga 3, executada por um consórcio sino-espanhol. Enquanto isso, Tshisekedi fez um alerta sombrio: “em vista da taxa atual de crescimento populacional e nossas demandas de energia, nossas florestas podem desaparecer em 2100”, afirmou.
Fonte: Istoé