Clipping Chifre da África #55

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Pacientes em um hospital em Khartoum mostrados, em 10 de junho de 2019, recebendo tratamento para doenças não especificadas durante uma visita organizada pelo Ministério da Saúde do Sudão (AFP)

 

1/5 Sudão reforça sua postura de apoio à segurança e estabilidade da Arábia Saudita

Por Gabriela Vieira Costa em 04/04/2020

O Ministério das Relações Exteriores do Sudão emitiu um comunicado à imprensa reforçando seu apoio à segurança e estabilidade da Arábia Saudita. No comunicado, o Sudão demonstra uma postura fiel às relações cooperativas entre os dois países, principalmente ao condenar o atentado com mísseis da milícia Houthi contra as cidades de Jizan e Riyadh, em março de 2019. Na época do ocorrido, o porta-voz da coalizão, coronel Turki al-Malki, disse em comunicado que essa ação destinada a matar civis inocentes foi encorajada pelo apoio do Irã, que o coronel aponta como patrocinador do terrorismo, à milícia iemenita houthi; Ele ressalta, ainda, que o atentado tinha objetivo de ameaçar o reino saudita e desenvolver a guerra entre as organizações terroristas. Na época, o Sudão havia demonstrado apoio à Arábia Saudita, e hoje, quase um ano depois, o Ministério das Relações Exteriores sudanês afirmou, ainda, que o ocorrido foi um forte ato contra a paz e segurança no cenário internacional. Esse posicionamento de cooperação reforça as relações bilaterais entre o Estado Sudanês e o Estado Saudita.

Periódicos: Agência de Notícias do Sudão e Veja.

Disponível em:  https://suna-sd.net/en/single?id=636045

https://veja.abril.com.br/mundo/arabia-saudita-derruba-sete-misseis-do-iemen-e-deixa-um-morto/

 

2/5 Etiópia: Hidroelétrica avança os sentimentos anti-egípcios

João Lucas Gomes em 03/04/2020

A hidroelétrica Grande Renascença Etíope é a maior esperança para a maior parte da população da Etiópia. 68 milhões de pessoas, dos 110 milhões de habitantes da etiópia, vivem sem eletricidade e dependem da queima de lenha para para conseguir realizar atividades diárias como cozinhar. A falta de energia faz com que noventa por cento do energia consumida em casas de todo o país sejam não-elétrica, por exemplo, em Adis Abeba 35% por cento do combustível utilizado pela população vem apenas dos entornos do Monte Entoto.

Porém, o Egito, que retira do rio Nilo 90% da água usada em seu território/ pelo país, teme que a barragem da hidroelétrica vá causar uma diminuição grande demais no seu fluxo de água, fluxo esse garantido por tratados da era colonial. A Etiópia não vê validade em acordos fixados durante o contexto colonial, uma vez que foram feitos por senhores que não se importavam com as consequências das suas ações para a população local e firmavam esses tratados apenas como forma de garantir uma estabilidade de poder na Europa. Por isso, a Etiópia garante que construirá a barragem com ou sem a aprovação egípcia. Esses 68 milhões de pessoas se veem presos a vida sem energia elétrica por causa de uma resistência egípcia, criando assim o sentimento de animosidade entre os povos.

Fonte: Anadolu Agency – Fundada em 1920, é a segunda maior agência de notícias turca.

Disponível em: https://www.aa.com.tr/en/africa/ethiopia-dam-dispute-stokes-anti-egypt-feelings/1790568#

 

3/5 Estados Unidos da América bombardeiam posições do grupo Al Shabab na Somália

Por Maria Isabel Fortunato em 04/04/2020

Foi anunciado pelo governo de Mogadíscio, capital da Somália,  que cinco pessoas do grupo extremista islâmico Al Shabab morreram  num ataque aéreo efetuado pelos Estados Unidos na zona de Xawaaalo, no sul do país, por aparelhos não tripulados. O Ministério de Informação, através de um comunicado, acrescenta  que a população civil não foi afetada. Os ataques realizados pelos Estados Unidos são realizados pelos 500 militares que o país dispõe na Somália e é apoiado pelo Exército de Mogadíscio e pelas forças da Missão Internacional de Paz da União Africana. Apesar dos ataques, feitos por drones, serem organizados para deter o grupo extremista Al Shabab, a Anistia Internacional alerta desde o final de março que os ataques estão atingindo a população civil, tanto matando-os quanto ferindo-os,  apesar do governo estadunidense negar mortes de civis e afirmar que atingiu apenas “terroristas” do grupo Al Shabab. A somália vive em guerra civil desde 1991, ano em que o ditador Mohamed Siad Barré foi derrubado. Atualmente, os territórios do centro e do sul do país são dominados pelo grupo extremista Al Shabab – que tem por objetivo instaurar um Estado Islâmico wahabi

Fonte: Observador – Jornal digital de Lisboa 

Disponível em:

https://observador.pt/2020/04/04/estados-unidos-da-america-bombardeiam-posicoes-do-grupo-al-shabab-na-somalia/

 

4/5 Sudão do Sul registra primeiro caso de coronavírus

Por Matheus Felipe Carvalho Fonseca em 05/04/2019

O vice-presidente do Sudão do Sul, Riek Machar, e a missão das Nações Unidas no país confirmaram o primeiro caso de COVID-19. A paciente é uma funcionária da ONU que chegou da Holanda no final de fevereiro. Atualmente a funcionária está sob quarentena e os profissionais de saúde buscam mapear as pessoas que tiveram contato com ela. A situação no Sudão do Sul é crítica, tendo em vista que há apenas quatro ventiladores para os onze milhões de habitantes. Buscando conter os eventuais casos de coronavírus, na semana passada o governo instituiu toque de recolher e fechou as fronteiras, aeroportos, escolas e templos religiosos. A confirmação do primeiro caso no país significa que a pandemia atingiu 51 dos 54 Estados africanos, sendo que todos os países do Chifre da África já confirmaram pelo menos um caso. A Etiópia, uma das nações mais afetadas da região, registrou sua primeira  morte por COVID-19 no domingo.

Fonte: Associated Press – Agência de notícias estadunidense

Disponível em: https://apnews.com/5307b01c4db913048387a3702aefbbe2

 

5/5 A contribuição milionária da China para investir na saúde neonatal na Etiópia

Por Paula de Paula Mattos em 04/04/2020

A República Popular da China realizou uma doação de 1 milhão de dólares à Etiópia, por meio da Agência Internacional de Cooperação para o Desenvolvimento da China (CIDCA). Conforme mostram os estudos, mais de 80% das mortes de recém-nascidos na Etiópia – cerca de 80.000 anualmente – poderiam ser evitadas por meio de intervenções que já existem. A operação, portanto, permitirá que o país invista na qualidade dos serviços de saúde para mães e bebês recém-nascidos por meio de treinamentos e mentorias baseados em competências por profissionais de saúde e do fornecimento de equipamentos sob medida. A seleção dos locais a serem assistidos foi feita pelo Ministério da Saúde em decorrência da pobreza e da dificuldade de acesso, e a estimativa é de que 94.000 mulheres grávidas e recém-nascidos sejam beneficiados pelo projeto, representando um cenário de progresso na redução do número de mortes de crianças na Etiópia. Em 1990, 222 a cada 1000 crianças morriam antes de completar 5 anos de idade, e em 2019, este número havia caído para 55 mortes. No entanto, apesar dessa redução, o número de mortes de recém-nascidos permaneceu alto, com cerca de 100.000 mortes anuais, representando 55% de todas as mortes de crianças menores de 5 anos.

Fonte: UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância)

Disponível em:

https://www.unicef.org/ethiopia/press-releases/usd-one-million-contribution-peoples-republic-china-improve-neonatal-health-ethiopia

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