Como um “penteado coronavírus” está ajudando a aumentar a conscientização no leste da África
11/05/2020
Em meio a pandemia do COVID-19, em um salão de beleza improvisado nas ruas de Kibera, um bairro mais pobre de Nairobi, a cabeleireira Sharon Refa está trançando os cabelos de meninas novas em formatos de antenas, denominado de “penteado coronavírus”. O estilo, que é uma derivação de penteados trançados tradicionais, tinha caído de moda com o uso (mais caro) de cabelos reais e sintéticos importados de países como a Índia, a China e o Brasil. Para Refa, o “penteado coronavírus” serve como resposta aos problemas financeiros ligados às paralisações de quarentena, como também conscientiza a população sobre os perigos e os cuidados que devem ter com a doença. Enquanto os casos de COVID-19 aumentam na Quênia (700, desde do dia 11 de maio de 2020), existe uma preocupação geral sobre a transmissão em comunidades mais pobres, que muitas vezes não tem condições de realizar o isolamento social.
Fonte: The Guardian
Como o COVID-19 ameaça a sobrevivência das start-ups africanas
11/05/2020
O cenário tecnológico da África tem crescido muito nos últimos ano, tornando-se um hub para investimentos de empresas grandes, como a Microsoft, VISA e o Mastercard, em start-ups africanas. Essas start-ups tem permitido o avanço de plataformas importantes para os países, como o comércio eletrônico, a saúde, fintech, agritech e energias renováveis. Contudo, com a quarentena devido ao COVID-19, o investimento direcionado para essas empresas vem caindo drasticamente. De acordo com a aceleradora de start-ups, AfricArena, é estimado que o financiamento para start-ups africanas em 2020 possa cair em até 800 milhões de dólares, ou 40%. Segundo essa análise, no pior caso possível, os efeitos dessa queda de financeira podem durar até 2021, com expectativas de crescimento somente em 2022.
Fonte: The New Times
Como o governo de Ruanda pretende ressuscitar o setor de mineração
12/05/2020
A atual pandemia tem afetado vários segmentos de economias nacionais, com efeitos ainda imprevisíveis. O setor de mineração, em especial, é um desses — com quedas nos preços de seus vários commodities em diferentes mercados. Globalmente, as atividades de mineração têm sido interrompidas tanto por conta de medidas de quarentena, como também por conta do cancelamento dos voos. Em Ruanda, Jean Marie Vianney Faida, dono da Blue Change Mining, que produz coltan e cassiterita, afirma que o COVID-19 tem impactado principalmente em suas atividades, que obriga a empresa a dispensar seus funcionários. Em especial, houve uma diminuição de 30.9% nas receitas oriundas de exportações do coltan, cassiterita e volfrâmio, em janeiro e fevereiro deste ano, quando comparado com 2019. Além disso, o preço logístico da produção tem aumentado muito, com a compra de materiais brutos sendo mais difícil e a exportação dos produtos finais muito caros. Por esses motivos, o setor de mineração foi colocado com um dos setores prioritários no Plano de Recuperação Econômica, que ocorrerá entre maio 2020 e dezembro 2021.
Fonte: The New Times

Ataque com granada mata dois em bar em Burundi
11/05/2020
Pelo menos duas pessoas foram encontradas mortas em um ataque em Bujumbura, a maior cidade no Burundi, dias antes das eleições gerais. Os agressores não foram identificados, mas o alvo foi um bar que pertence a um membro do movimento juvenil Imbonerakure determinados como um grupo miliciano, pela ONU. O bar servia como ponto de encontra para membros do Imbonerakure, que são afiliados com o atual partido governante: o Conselho Nacional para a Defesa da Democracia (National Council for the Defence of Democracy, CNDD-FDD, em inglês). As eleições presidenciais, que ocorrerão no dia 20 de maio de 2020, coloca o atual governo co CNDD-FDD contra sua oposição principal, o Conselho Nacional da Liberdade (National Freedom Council, CNL, em inglês), representados pelo ex-líder rebelde, Agathon Rwasa.
Fonte: Aljazeera