Lula tem todos os seus processos anulados
08/03/2021
Na tarde desta segunda-feira, 8 de março, o Brasil foi surpreendido com a anulação de todos os processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Facchin, decidiu que a 13a Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos do triplex no Guarujá, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula. Assim, Lula se torna novamente elegível, podendo ser o candidato do Partido dos Trabalhadores na eleição de 2022. A decisão de Facchin também colocou fim ao processo que analisava a imparcialidade de Sérgio Moro no julgamento desses casos.
Após reforma ministerial, Paraguai tem nova noite de protestos contra presidente
07/03/2021
O Paraguai vive seu terceiro dia de protesto contra o atual presidente do país, Mário Abdo Benítez, que não apresenta uma postura considerada desejável em relação à pandemia de COVID-19. Para o dia 08 de março de 2021, foi marcada uma nova manifestação contra o ex-presidente do país. As principais motivações de tais protestos são o aumento do número de casos e a falta de vacinas, decorrentes de políticas e decisões que dizem respeito apenas a quem está no poder, de acordo com a população. A manifestação tinha como princípio ocorrer de forma pacífica, mas alguns manifestantes atacaram policiais que formavam um escudo de proteção ao redor da residência do presidente. Com isso, os policiais contra-atacaram, o que levou a cinco pessoas feridas. Além disso, oito pessoas foram presas, mas já haviam sido soltas. Manifestações similares vêm ocorrendo no Paraguai desde sexta-feira (05/03/2021), pedindo a renúncia do atual presidente, que, inclusive, é aliado de Jair Bolsonaro no Mercosul. A manifestação de sexta-feira deixou 21 pessoas feridas e 1 pessoa morta. Os manifestantes clamam pelo pagamento de vacinas que nunca chegaram.
Manifestações contra presidentes é algo bastante comum na América Latina como um todo, tendo em vista nosso contexto histórico de instabilidade política e presidentes que pautam seus mandatos visando interesses unilaterais dentro da política do país. Os paraguaios deixam um exemplo para os brasileiros, por irem à luta a favor de seus direitos à saúde, por pedirem um governo que realmente represente os interesses da população, e que esteja à favor da sobrevivência dos mesmos.
Uruguai inicia campanha de vacinação contra covid-19
08/03/2021
No dia 01 de março de 2021, o Uruguai começou a campanha de vacinação contra a covid-19, onde doses da Coronavac foram administradas em educadores, militares, policiais e bombeiros. Neste mesmo dia, aproximadamente 90 postos, em todo o país, estavam preparados para iniciar a imunização de cerca de 140 mil trabalhadores classificados como essenciais. O Uruguai era, até então, o único país da América do Sul que não havia adquirido doses de vacina. Além das doses do laboratório chinês Sinovac, que chegaram no dia 25 de fevereiro no país, cerca de 460.000 doses do imunizante da Pfizer estão previstas para chegar entre os dias 8 de março e 26 de abril e, ainda, mais 1.558.000 doses da Coronavac devem chegar depois de meados de março. Apesar de ter apresentado um crescimento no número de casos a partir de novembro, o país ainda se encontra num cenário relativamente mais agradável que seus vizinhos e espera vacinar 30 mil pessoas por dia, contando que receberá um total de 2 milhões de doses neste mês.
Fonte: https://www.dw.com/pt-br/uruguai-inicia-campanha-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-contra-covid-19/a-567397
Chile enviará chegados do Brasil para centros de saúde devido à nova cepa do coronavírus
08/03/2021
Os brasileiros que irão para o Chile terão que fazer o exame PCR, a fim de evitar o alastramento da nova cepa brasileira. Se detectado com o vírus, o Chile possui 174 instalações sanitárias utilizadas como residências de saúde, gratuitas, que totalizam 12.574 vagas. O Chile tem sido referência de vacinação na América Latina, e espera alcançar ainda neste semestre a marca de 15 milhões de vacinados, mais de 80% de sua população.
Feminicídio: o único crime que não foi reduzido durante a pandemia
07/03/2021
Em 2020, organizações não-governamentais da Argentina contabilizaram 300 casos de assassinatos de mulheres motivados pelo gênero – um caso a mais do que em 2019 –, e os dois primeiros meses deste ano já contabilizaram 47 homicídios. Com esses dados, tanto as ONGs quanto o governo do país afirmam que o feminicídio foi o único crime que não diminuiu durante a pandemia de COVID-19. Diante do isolamento social e da consequente obrigação das vítimas em conviver ainda mais com seus agressores em casa, aumentaram 25% as consultas ao número 144 – linha para aconselhamento e assistência sobre violência de gênero.
Antes mesmo da pandemia, as mulheres já recorriam mais a ONGs e movimentos feministas do que ao Estado, tendo em vista que a falta de aplicação efetiva das medidas devidas não as fazia sentirem proteção da Justiça. Notando a piora do cenário em 2020, estas associações tomaram uma série de atitudes, como reforço da comunicação no 144, no WhatsApp e por correio eletrônico; habilitação de alojamentos para as vítimas, segundo as regras de distanciamento, entre outros. Isso se faz necessário enquanto uma mudança cultural não acontece (ponto de partida para redução da violência de gênero). O Estado argentino não consegue levar a cabo as medidas de proteção, o que tem resultado em muitos assassinatos, mesmo após as mulheres denunciarem os agressores à Justiça.
Grupo Atlântico Sul 