Ministro da Economia da Argentina viaja aos EUA, com FMI e investimentos na pauta
Data: 05/09/2022
Sergio Massa, ministro da pasta de economia da Argentina, viajou nas últimas semanas para o exterior, com destino à Washington. O propósito da viagem do ministro é reunir-se com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgina, para discutir a segunda revisão do acordo entre as partes. O acordo entre a Argentina e o credor multilateral prevê a liberação de 4,1 bilhões de dólares em fundos para a Argentina. De acordo com especialistas, o fechamento do acordo é fruto da sinalização que a Argentina tem feito ao FMI, ao tomar medidas que visam a melhora do quadro fiscal do país. Exemplo da sinalização seria o compromisso do próprio governo argentino em não financiar o Tesouro via Banco Central argentino (BCRA), além de adotar medidas para diminuição de necessidades de financiamento no terceiro trimestre de 2022. Com os compromissos respeitados por ambas as partes – Argentina e FMI – a expectativa de Sergio Massa, para a reunião, é que o Fundo possa acelerar o desembolso para o país.
Exame. Ministro da Economia da Argentina viaja aos EUA, com FMI e investimentos na pauta. Exame, 05 de setembro de 2022. Disponível em: https://exame.com/mundo/ministro-da-economia-da-argentina-viaja-aos-eua-com-fmi-e-investimentos-na-pauta/. Acesso em: 28 de setembro de 2022.
Inflação anual na Argentina chega a 78,5%, a mais alta em três décadas
Data 28/09/2022
De acordo com o Instituto Nacional de Estadística y Censos (Indec), responsável pelas atividades oficiais de estatística na Argentina, a inflação anual ao consumidor no país chegará ao patamar de 78,5%, sendo este o maior desde 1991. Analistas também projetam um cenário de alta da inflação, podendo chegar a 100% ainda esse ano. Um dos motores da inflação argentina seriam os setores de vestuário e calçados, equipamentos domésticos e alimentos, que tiveram uma alta dos preços de 9,9%, 8,4% e 7,1%, respectivamente. Com a troca de ministros na pasta de economia da Argentina, a expectativa é que haja maior preocupação quanto ao combate à inflação no país. Segundo o novo ministro, Sergio Massa, uma das metas de sua administração é manter a inflação abaixo de 50% até o fim de 2022.
LAMEIRINHAS, Roberto. Inflação anual na Argentina chega a 78,5%, a mais alta em três décadas. Valor Econômico, 14 de setembro de 2022. Disponível em: https://valor.globo.com/google/amp/mundo/noticia/2022/09/14/inflao-anual-da-argentina-atinge-785-pontos-percentuais-em-agosto.ghtml. Acesso em: 28 de setembro de 2022.
Como inflação de 70% ao ano na Argentina gera explosão de consumo e pobreza ao mesmo tempo
Data: 11/09/2022
A Argentina, nas últimas décadas, esteve com a inflação acima de 25%, este índice, entretanto, têm sido aprofundado e implicam consequências decisivas para o bem-estar de grande parte da população argentina. Essa realidade é ilustrada pelo relato de uma moradora local, que contou à equipe da CNN que, normalmente, o mercado mais próximo de sua casa iniciava o funcionamento às 08 horas. Entretanto, nas últimas semanas, o início das atividades foi postergado continuamente. Ao indagar acerca dos atrasos, foi informado que, por conta da necessidade de remarcação constante dos preços e, por sua vez, de mais produtos, necessitam de mais tempo.
As consequências sociais do alto índice inflacionário são diversas, afinal, todos os setores da economia são afetados. Apesar disso, observam-se padrões substantivamente convergentes no que diz respeito ao efeito no consumo argentino em geral. Segundo a CNN, muitos bares e restaurantes estão atendendo com capacidade máxima e, muitos também dependem de reservas. Além do mais, a banda britânica ColdPlay esgotou os ingressos para dez shows na capital Buenos Aires. Alguns especialistas explicam que isso se deve ao fato de que 20% da população possui um alto nível de renda e, simultaneamente, parte da população com renda moderada consome vigorosamente, dada a perda de valor constante da moeda.
SMINK, Veronica. ‘Como a inflação de 70% ao ano na Argentina gera explosão de consumo e pobreza ao mesmo tempo’. BBC News, 2022. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62842330>. Acesso 12 set 2022
Endividamento cresce e atinge quase 80% das famílias brasileiras, atingindo novo recorde
Data: 11/09/2022
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 79,3% das famílias brasileiras estavam endividadas em setembro deste ano. Estes dados são ainda mais expressivos nas famílias mais pobres, com cerca de 80% de endividamento em famílias com renda inferior a 10 salários mínimos. Segundo o presidente do CNC, José Roberto Tadros, o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam o orçamento das famílias, em virtude de dívidas previamente contraídas. O indicador baseia-se em dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro ou casa.
MATOS, Thais. ‘Endividamento cresce e atinge quase 80% das famílias, novo recorde, aponta CNC’. G1, 2022. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/10/10/endividamento-cresce-e-atinge-quase-80percent-das-familias-novo-recorde-aponta-cnc.ghtml>. Acesso em: 12 set 2022