Como Brasil e China pretendem fechar negócios sem usar dólar americano

Data: 29/03/2023

Brasil e China anunciaram a criação de uma “Clearing House” (ou Câmara de compensação), uma instituição bancária que permite o fechamento de negócios e a concessão de empréstimos entre os dois países sem que o dólar americano tenha que ser usado para viabilizar a transação internacional. Nos últimos 13 anos, a China é a maior parceira comercial do Brasil – em 2022, o volume de transações entre os dois países atingiu o recorde de US$150 bilhões. Na balança comercial, o Brasil tem superávit de US $29 bilhões, embora as vendas para a China sejam esmagadoramente de commodities, enquanto o país asiático exporta ao Brasil produtos de maior valor agregado. Os chineses querem diminuir essa distância e este foi um dos motivos para apresentarem a demanda ao Brasil, que vinha sendo negociada em etapas nos últimos meses.

Fonte: BBC

Classificação de sustentabilidade da carne brasileira deixa ativistas em pé de guerra

1. Unidade de produção de carne bovina da JBS em Greeley, Colorado, EUA

Data: 30/03/2023

A empresa brasileira JBS, maior companhia de carnes do mundo, subiu sua pontuação no último relatório de mudanças climáticas, feito pelo CDP (Carbon Disclosure Project), para A-, pontuação esta, que antes era B e aumentou pelos “esforços ambientais” da empresa. A companhia, que já foi conectada com desmatamento na Amazônia, aumentou sua nota por meio de relatórios voluntários disponibilizados, gerando revolta em grupos da sociedade civil e governanças do meio ambiente. Os grupos estão solicitando ao CDP que abaixem a nota da empresa por estarem enganando investidores, compradores e mercados, o órgão afirma que irá reavaliar os critérios de pontuação para que não ocorram erros deste tipo novamente.

Fonte: The Guardian.

Para impulsionar exportações agrícolas, Argentina planeja novo “dólar soja”

Data: 05/04/2023

A Argentina, enquanto maior exportadora de derivados da soja, sofre para além da crise econômica, uma de suas piores secas já vistas. Com isso, o ministro da economia Argentino, Sergio Massa, divulgou que a partir de Abril, a nova taxa de câmbio preferencial para as exportações agrícolas, começaria a ser utilizada, o dólar soja, além de outras taxas preferenciais para outros setores. A medida proposta se mostra como uma maneira do país sul-americano conseguir moeda estrangeira para reabastecer suas escassas reservas, além da necessidade de honrar com as dívidas do país frente a credores e ao Fundo Monetário Internacional.

Fonte: CNN Brasil

Chile reduz jornada semanal para 40h: quanto se trabalha no Brasil e no resto do mundo?

Data: 11/04/2023

O legislativo chileno aprovou nesta semana a redução da jornada de trabalho do país para 40 horas semanais, que antes se davam por 45 horas, tornando-se assim o país latinoamericano com a menor jornada de trabalho, juntamente ao Equador, no Brasil a CLT prevê 44 horas de trabalho semanais. A proposta será colocada gradualmente em prática, com uma estimativa de 5 anos até que se reduza definitivamente a jornada laboral para as 40 horas por semana, jornada essa recomendada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). Dado isso, a nova lei permite que o trabalhador chileno trabalhe por 4 dias da semana e descanse por três, além da possibilidade de serem feitas mais horas extras, jornadas de trabalho que excedam o tempo permitido por necessidade entram no caso extraordinário da lei.

Fonte: BBC

Clima extremo derruba economia da Argentina e serve de alerta ao Brasil

12/04/2023

A piora da situação, de acordo com o FMI, tem relação às mudanças climáticas, o qual prejudica o setor agropecuário, que é a principal fonte de divisas de exportação da Argentina. A análise que se tem é que o país irá fazer uma colheita 48% menor de sua capacidade, a pior colheita, e a queda nas exportações têm possibilidade de passar de 19 milhões de dólares até o fim do ano. Devido a isso alguns economistas já preveem que será difícil cumprir com o pagamento do empréstimo feito pelo FMI. As questões na Argentina servem então de alerta para o Brasil, pois de acordo com o banco interamericano de desenvolvimento, toda a América do Sul sofrerá mudanças de clima. Uma alternativa apontada seria a proteção da Amazônia, pois ela poderia regular a temperatura da região e do mundo num contexto geral. Entretanto, alguns cientistas afirmam que um quinto dessa área foi devastada no último meio século, o que altera a sua funcionalidade, e caso o ritmo de destruição prossiga a floresta não terá a mesma capacidade de auxílio atual, gerando uma série de complicações ambientais e consequentemente a economia do globo.

Fonte: Veja

Nova Rota da Seda: O que o Brasil ganha ou perde se aderir ao plano chinês

12/04/2023

A possível aproximação do Brasil ao controverso e ambicioso plano de investimentos em infraestrutura da China conhecido como “Nova Rota da Seda” está no centro das negociações entre diplomatas brasileiros e chineses. É um projeto trilionário lançado em 2013 pelo governo chinês que inicialmente previa uma série de projetos de infraestrutura como rodovias, ferrovias e portos, além de obras no setor energético, como oleodutos e gasodutos ligando a Ásia à Europa. Na América Latina, pelo menos 20 países já fazem parte da iniciativa, entre eles a Argentina. Assim,  especialistas nas relações sino-brasileiras afirmam que uma adesão ao programa teria pouco efeito prático e não resultaria em uma “enxurrada” de investimentos diretos no Brasil no curto prazo. Portanto, a ingressão brasileira à iniciativa teria um resultado mais político do que econômico. Analistas também avaliam que as desvantagens de uma eventual adesão do Brasil seriam pequenas e não necessariamente relacionadas à parceria em si.

Fonte: BBC