FOTO: Miguel Gutiérrez, EL PAÍS
Por: Pedro Souza Andrade
08/04/2024
Na noite de sexta-feira (5), uma invasão sem precedentes ocorreu na embaixada mexicana no Equador, desencadeando uma crise diplomática. Agentes encapuzados e em carros blindados entraram na representação diplomática para prender à força o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, refugiado e acusado de corrupção. Essa ação foi condenada internacionalmente e levou ao rompimento das relações diplomáticas entre o México e o Equador. O conflito teve início com comentários do presidente mexicano sobre a situação política e eleitoral no Equador, criticando alegações de manipulação e violência política. O Equador respondeu expulsando a embaixadora mexicana e o México concedeu asilo a Jorge Glas, intensificando as tensões.
A invasão policial na embaixada mexicana, capturando um político refugiado, gerou repercussão global. A quebra dos protocolos diplomáticos tradicionais foi notável, levando a condenações e repúdios de vários países latino-americanos e organizações internacionais. O Equador enfrenta críticas e condenações internacionais pela incursão policial em uma embaixada, o que pode resultar em consequências econômicas e diplomáticas. A violência associada ao narcotráfico no país também é mencionada como um fator de preocupação.
Especialistas concordam que a resolução desse conflito exigirá a intervenção de outros países. Enquanto a embaixada mexicana permanece cercada por policiais, há apelos por prudência e busca por estratégias de cooperação para evitar uma escalada ainda maior na crise diplomática.
Fonte: UOL
08/04/2024
Ministros da ex-presidente Jeanine Áñez obtêm liberdade na Bolívia
Nesta quarta-feira (28), dois ex-ministros da ex-presidente boliviana Jeanine Áñez conseguiram liberdade após se declararem culpados em um caso relacionado a um complô contra o ex-presidente Evo Morales em 2019. Alvaro Coimbra e Rodrigo Guzmán, ex-ministros da Justiça e da Energia, foram detidos em março de 2021 e, em dezembro do mesmo ano, aceitaram uma sentença de dois anos de prisão em um acordo com o Ministério Público.
O caso envolveu a acusação de um plano coordenado para pressionar Morales a deixar o cargo em meio a alegações de fraude eleitoral durante sua candidatura para um quarto mandato. Jeanine, que assumiu a presidência de novembro de 2019 até novembro de 2020, também foi detida e enfrenta acusações de sedição e terrorismo, recebendo uma sentença de dez anos de prisão em junho de 2022.
Coimbra e Guzmán cumpriram os dois anos de reclusão em uma prisão de La Paz, mas obtiveram a liberdade após aceitarem as acusações, evitando uma pena maior. Enquanto isso, Jeanine manteve sua alegação de inocência. O advogado dos ex-ministros mencionou que seus clientes solicitaram o perdão judicial e, sem objeções legais, o juiz concedeu o pedido.
A decisão judicial de libertar os ex-ministros gerou protestos de figuras próximas a Morales, como o ex-procurador do Estado, Wilfredo Chávez, que a considerou uma “traição infame”.
Fonte: UOL
04/04/24
Congresso do Peru frustra tentativa de impeachment contra presidente
O Congresso do Peru rejeitou na quinta-feira (4) o debate sobre o impeachment da presidente Dina Boluarte, acusada de posse de joias caras, incluindo relógios Rolex. Boluarte negou as acusações de enriquecimento ilícito. A votação ocorreu após o apoio ao novo gabinete ministerial na quarta-feira (3).
A política polarizada do Peru permite o impeachment por “incapacidade moral”, uma medida subjetiva usada anteriormente contra outros líderes, incluindo o antecessor de Boluarte, Pedro Castillo.
Fonte: CNN Brasil
16/04/24
Governo da Colômbia e ELN destravam negociações de paz na Venezuela
O governo da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional (ELN) voltaram às negociações de paz em Caracas, após uma pausa no início de abril devido a confrontos do ELN com outros grupos armados. Ambas as partes confirmaram o reinício das conversas, sem fornecer muitos detalhes.
O ELN solicitou que o encontro fosse considerado “uma reunião extraordinária” e acusou a administração de Gustavo Petro de violar os acordos anteriores. O governo colombiano expressou preocupação com a situação humanitária em Arauca, buscando soluções para deter a violência que afeta principalmente civis. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reiterou o apoio de seu país às negociações após uma reunião com Petro em Caracas. O ELN havia anteriormente declarado uma “crise aberta” nas negociações, mas o diálogo foi retomado posteriormente.
Fonte: Folha de Pernambuco
Por: Fernando Cavalcante
09/04/24
Médicos da Bolívia entram em greve contra lei de “aposentadoria forçada”
Médicos da Bolívia realizaram uma greve nacional na última terça-feira (9 de março) para protestar contra um novo projeto de lei que forçará os médicos a se aposentarem com 65 anos. O descontentamento levou os médicos a realizarem uma greve nacional de 72 horas, organizando uma marcha conjunta com professores do país, que também estão em risco sob a nova lei chamada pelos mesmos de “a aposentadoria forçada”.
Edgard Villegas, da Faculdade de Medicina de La Paz, diz que os médicos querem uma reforma decente para que possam viver em paz: “Alguns dos meus colegas se aposentaram com uma pensão de dois mil ou quatro mil bolivianos. Não é possível. Queremos leis igualitárias no país “, argumenta o presidente, atual presidente da Faculdade.
Na Bolívia, a idade de aposentadoria voluntária é de 58 anos para homens e 55 para as mulheres, entretanto, médicos necessitam trabalhar o dobro para obter uma aposentadoria decente.
O vice-ministro de pensões e serviços financeiros, Franz Apaza, negou as acusações, porém, os profissionais teriam que passar por testes para verificar se estão aptos para o serviço.
Fonte: CNN Brasil
11/04/2024
Guiana compra navio patrulha de construtor naval Francês
A Guiana comprou na quarta-feira (10 de março) um navio patrulha por 39,5 milhões de euros do construtor naval Ocea, anunciou o Ministério das Finanças. Essa compra provocou uma reação de fúria da Venezuela, que atualmente reivindica a região de Essequibo.
O navio será utilizado para assegurar a proteção da zona econômica exclusiva, além de combater a pesca ilegal e o tráfico na região. Toda a compra foi orquestrada com Stéphane Séjourné, ministro das Relações Exteriores da França, em uma breve visita do francês à Guiana no mês passado.
A Venezuela, entretanto, reagiu de maneira imediata: “A falsa vítima Guiana compra um navio patrulha de uma empresa francesa. A Guiana junto com os EUA, seus parceiros ocidentais e seu antigo amo colonial, constituem uma ameaça à paz de nossa região”, escreveu Delcy Rodríguez na rede social X (antigo Twitter).
A compra desse navio pode ser decisiva em relação ao atual conflito, já que a superioridade marítima na região é de suma importância. Vale ressaltar que, em dezembro, Maduro e Ali se reuniram pela primeira vez e reduziram a tensão quando concordaram em evitar o uso da força. Entretanto, a batalha segue forte com declarações.
Fonte: O Povo
Lula e Petro devem discutir eleições na Venezuela e guerra em Gaza em reunião na Colômbia
Luiz Inácio Lula da Silva, atual presidente do Brasil, e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, terão uma reunião privada para debater Venezuela e o conflito entre Israel e o Hamas na Casa de Narino, sede da presidência colombiana, no dia 17 de abril. O formato previsto inclui a presença somente de presidentes, primeiras-damas, chanceleres e embaixadores de cada lado.
Também é esperado que conversem sobre o “Consenso de Brasília”, documento assinado após a reunião de presidentes sul-americanos em 2023. Pretendem conversar sobre a implementação da Declaração de Belém (PA), assinado em agosto do ano passado depois de uma cúpula sobre a Amazônia. A exploração de petróleo na região e a proteção florestal serão alvo de conversas.
Vale a pena lembrar que ambos são aliados históricos de Nicolás Maduro, e restabeleceram relações com o governo do país após decisões de presidentes anteriores. No entanto, críticas inéditas foram feitas em público, uma vez que a força de oposição venezuela foi impedida de disputar as eleições.
Lula e Petro também possuem problemas diplomáticos com Israel. Ambos convocaram seus embaixadores de volta em decorrência de discordâncias políticas e repúdio à guerra que o governo de Israel promove na Faixa de Gaza.
As semelhanças entre ambos líderes é motivo de um fortalecimento cada vez mais intenso, uma vez que ambos se consideram aliados políticos. Essa será a primeira visita bilateral do presidente Lula a um país latino-americano em 2024.
Fonte: Jornal de Brasília
Por: Ana Lícia Oliveira Sathler
03/04/2024
Bogotá abriga atualmente uma população de pelo menos 572 mil migrantes venezuelanos, conforme dados divulgados pela ProBogotá e pela USAID em março último. Dessas, 60% estão estabelecidas nas áreas urbanas de Engativá, Ciudad Bolívar, Suba, Kennedy e Bosa. O El PAÍS investigou os distritos de Hugo Chávez e República Venezolana, onde a vasta maioria dos residentes são migrantes, representando entre 80% e 90% da população.
Milhares de venezuelanos atravessaram a fronteira em busca de uma vida melhor na Colômbia, escapando da crise em seu país natal. Em Bogotá, encontraram refúgio, especialmente em um bairro peculiar, paradoxalmente nomeado em homenagem ao líder que moldou a Venezuela: o bairro Hugo Chávez. Lá, muitos migrantes venezuelanos confrontam a dura realidade de que, embora as crises de Bogotá possam diferir das de Caracas, a miséria frequentemente assume uma face surpreendentemente similar.
O bairro Hugo Chávez, ou Unir II, é uma área invadida situada em Engativá, Bogotá, abrigando aproximadamente 4 mil habitantes, dos quais 80% são venezuelanos. Inicialmente, era apenas um vasto terreno onde catadores de recicláveis chegavam com seus cavalos de carga. No entanto, em 2005, Mariano Porras, um proprietário de terras e seguidor fervoroso de Chávez, adquiriu o terreno e começou a vendê-lo em lotes por 1 milhão de pesos (aproximadamente 260 dólares), com a intenção de criar um lar para migrantes venezuelanos, que responderam ao chamado. Eles construíram suas moradias improvisadas usando madeira, tijolos e bahareque.
De acordo com relatos policiais, atualmente este é um dos quatro bairros mais perigosos de toda a capital. Os próprios residentes alertam que aqueles que ingressam para administrar uma casa ou oferecer serviços de transporte público correm o risco de nunca mais sair. Membros de temidas gangues criminosas venezuelanas, como El Tren de Aragua, Los Rolos e Los Costeños, foram capturados no bairro realizando atividades de tráfico de drogas, roubos e assassinatos. Relatos frequentes de desaparecimentos e descobertas de corpos no Pantanal de Jaboque, próximo ao bairro, atestam a brutalidade da realidade enfrentada pelos residentes.
Fonte: El País
03/04/2024
Chavismo aprova lei contra organizações fascistas
O chavismo tem frequentemente acusado certos setores da oposição de serem fascistas, utilizando esta palavra como um insulto nos conflitos políticos cotidianos. Agora, essa acusação se materializa em uma lei que proíbe mensagens e a existência de organizações consideradas fascistas. A vice-presidente, Delcy Rodríguez, apresentou esta proposta do Executivo, e o Parlamento já aprovou em uma primeira discussão. A Lei contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares representa uma nova ferramenta para o controle, concedendo ao Governo o poder discricionário sobre as liberdades políticas e de expressão na Venezuela, em um contexto de aumento da perseguição contra opositores, jornalistas e críticos.
O artigo 22.º estipula que qualquer indivíduo que solicite, invoque, promova ou participe de atos violentos como meio de exercer direitos políticos será punido com pena de prisão de oito a doze anos, além de inabilitação política durante o período da pena. Além disso, o que é considerado fascismo pela lei também constitui uma circunstância agravante para qualquer outro crime que as autoridades determinem ter sido motivado por tais posições ou expressões.
Nos últimos meses, o chavismo intensificou seus esforços contra o partido de Machado, Vente Venezuela, detendo vários de seus membros sob alegações de envolvimento em supostas conspirações para assassinar o presidente Nicolás Maduro. Em um momento já complicado com as eleições presidenciais marcadas para 28 de julho, esta lei pavimenta o caminho para a ilegalização de partidos políticos, seguindo o exemplo do regime da Nicarágua. Além disso, ela estipula a impossibilidade de ocupar cargos públicos para qualquer pessoa que, antes das eleições, tenha “adotado condutas que promovam ou defendam diretamente” essas ideias, e estabelece que o não cumprimento desta lei é um motivo para impugnação de candidaturas. O chavismo avança em seu objetivo de eliminar qualquer concorrência que ameace a permanência de Maduro no poder.
Fonte: El País
01/04/2024
As preocupações da esquerda venezuelana
As crises que assolam a Venezuela transcendem as fronteiras nacionais, ecoando também em âmbitos regionais. Mesmo em períodos de isolamento internacional mais intenso, as decisões de Nicolás Maduro reverberam além dos limites do país. A Venezuela tornou-se uma ferramenta nas mãos da extrema direita e de setores mais cínicos desse espectro político, tanto do lado do Atlântico Sul quanto do Norte, para atacar seus adversários que defendem posições progressistas. No entanto, ao mesmo tempo, causa apreensão entre os governos de esquerda que têm observado, ao longo dos anos, a trajetória do chavismo. O processo tumultuado e pouco transparente de registro de candidatos para as eleições presidenciais de 28 de julho é apenas mais um exemplo desse fenômeno.
Em janeiro, as autoridades venezuelanas reportaram cinco alegados planos para assassinar Maduro. Essas acusações foram suficientes para justificar um aumento da repressão por parte das forças policiais e dos serviços de inteligência contra vozes críticas. O início do calendário eleitoral também trouxe críticas do Governo de Caracas por parte dos Estados Unidos e da União Europeia. No entanto, Petro não foi o único presidente progressista a rejeitar o procedimento de registro de candidaturas. Alertas constantes têm vindo de Santiago do Chile, com Gabriel Boric, e nesta ocasião, ele foi acompanhado pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Guatemala, Bernardo Arévalo.
Durante a visita do presidente francês Emmanuel Macron, Lula expressou sua visão: “Não quero nada melhor ou pior para a Venezuela, quero que sejam eleições como no Brasil, para todos que quiserem participar. Quem perde chora, quem ganha ri e a democracia continua”, Macron classificou como “grave” o incidente envolvendo a substituição de Machado e destacou a falta de justificação jurídica para sua eliminação. Por sua vez, Arévalo, que assumiu o cargo em janeiro na Guatemala e lidera uma campanha intensa contra a corrupção, afirmou que “o constante bloqueio da candidatura unitária da oposição face ao assédio e à perseguição por parte do partido no poder consolida um sistema antidemocrático. ”
Fonte: El País
01/04/2024
Escândalo político no Peru
A residência da presidente do Peru, Dina Boluarte, e o Palácio de Governo foram alvos de mandados de busca e apreensão como parte de uma investigação sobre suspeitas de enriquecimento ilícito e omissão na declaração de bens, especialmente relacionada à posse de relógios da marca de luxo Rolex.
O caso, apelidado de “Rolexgate”, desencadeou uma nova crise política no país, levando à discussão de uma possível moção de vacância, o equivalente a um pedido de impeachment da mandatária, e à renúncia de seis ministros, que foram substituídos posteriormente.
O partido Peru Livre, anteriormente associado a Boluarte, apresentou na segunda-feira uma das duas moções para a destituição da Presidente peruana por “incapacidade moral permanente”, com o apoio de 26 deputados, dos 130 membros do Congresso. Para a destituição de Boluarte, são necessários 87 votos, e até o momento, cinco partidos, representando 57 votos, já se comprometeram a apoiar a presidente.
A deputada Margot Palacios, também do Peru Livre, destacou que, durante uma audiência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Adrianzén acusou os manifestantes de serem violentos e responsáveis pelas mortes ocorridas durante os protestos.
O escândalo dos relógios de luxo surgiu após um site de notícias local, La Encerrona, ter publicado uma série de fotos em 15 de março, mostrando Boluarte usando diferentes relógios em momentos distintos enquanto ocupava cargos governamentais em 2021 e 2022.
Fonte: Jornal Nexo
Por: Bernardo Nonato Leite
14/04/24
Peru substitui seis ministros após operação na casa da presidente
Na segunda feira, primeiro de abril de 2024, 6 ministros do governo Boluarte, no Peru, foram substituídos. A razão da substituição está na auto-demissão dos mesmos, imediatamente após o escândalo político envolvendo a presidente, que está sendo investigada frente a não declaração de seus relógios de luxo à Receita Federal
Os ministros substituídos foram os Ministros do Interior, da Educação, da Mulher, da Produção, do Comércio e da Agricultura. Esse processo cobre cerca de ⅓ de seu gabinete, de 19 autoridades, em um único dia.
Vale lembrar que a ascendência de Boluarte à presidência é mais é um episódio em um longo processo de instabilidade política no Peru.
Fonte: Agência Brasil
16/04/24
Começa licenciamento para o primeiro produtor de petróleo em águas profundas do Suriname
Na segunda feira, dia 15 de abril de 2024, a TotalEnergies, grupo empresarial do setor petroquímico, apresentou um relatório para o Instituto Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Suriname acerca da definição do escopo ambiental e social de uma região do país, que será destinada para a primeira produtora de petróleo em águas profundas do Suriname.
O projeto envolve a exploração de uma área de 5.831 quilômetros quadrados, localizado a 140km da capital Paramaribo, e busca a perfuração de 32 poços e instalação de linhas para transporte de petróleo bruto.
Fonte: BN Américas
16/04/24
Guiana Francesa adere à iniciativa Amazônia+10
Acordo assinado em Belém, no Pará, durante a visita do presidente francês Emmanuel Macron e do presidente da Universidade da Guiana Laurent Linguet prevê a cooperação internacional para o desenvolvimento da região amazônica.
Mais precisamente, esse acordo entalha a adesão da Guiana Francesa a um processo de cooperação entre pesquisadores, instituições científicas e empresas para a inovação e desenvolvimento tecnológico da região amazônica. O presidente da universidade afirma: “Por meio dessa parceria, a Université de Guyane está comprometida com a preservação e a gestão desse tesouro ambiental por meio da inovação, ciência e tecnologia.”
Um outro tópico central na discussão foi a preocupação em providenciar uma melhoria na qualidade de vida dos 29 milhões de amazônicas (independentemente de sua nacionalidade) de forma sustentável.
Fonte: FAPESP
16/04/24
Colômbia pede que cidadãos tomem menos banhos para combater a seca
Carlos Fernando Galán, prefeito de Bogotá, emitiu um comunicado na sexta feira, 12 de abril de 2024, apelando para que os habitantes da capital colombiana economizassem água, já que o país se encontra em uma seca grave. O reservatório de maior importância para a cidade, o de Chinganza, está a 16% da capacidade: o menor nível já registrado. Nesse ritmo, estima-se que os moradores possam ficar sem água em 54 dias.
Para retardar essa crise, o prefeito de Bogotá sugeriu que os casais colombianos tomassem banho juntos e reduzissem, no geral, a quantia de banhos por dia.
Essa crise hídrica é consequência direta do El Niño, fenômeno climático que afeta a distribuição de umidade e temperaturas, provocando secas em algumas regiões da América do Sul. Esse fenômeno também é causa de outras manifestações ambientais, como incêndios florestais.
Fonte: Veja
Por: Camila Gomes Barroso
11/04/2024
Brasil e Guiana assinam Memorando de Entendimento para cooperação em saúde
Brasil e Guiana estabeleceram uma colaboração em saúde através de um Memorando de Entendimento. O objetivo é promover uma cooperação ampla entre os dois países na área da saúde, envolvendo recursos técnicos, científicos, tecnológicos e humanos para trocar conhecimentos e experiências. Além disso, o acordo pode impulsionar treinamentos, capacitações e intercâmbios.
A ministra da saúde do Brasil, Nísia Trindade, enfatizou a importância do acordo, destacando o compromisso do Brasil em reforçar a vigilância sanitária em Roraima, estado fronteiriço com a Guiana. Como exemplo desse compromisso, mencionou a Casa de Governo, que coordena ações na Terra Indígena Yanomami. Ademais, Nísia mencionou o interesse em compartilhar experiências em saúde digital, uma prioridade do Brasil no G20.
O ministro guianês expressou entusiasmo com a parceria de longo prazo, destacando a necessidade de profissionais e treinamento, além do apoio tecnológico para melhorar os serviços de saúde. Desse modo, o acordo se concentra em quatro áreas principais, dentre elas, a vigilância em saúde e combate a doenças sociais, atenção primária e saúde mental, saúde digital, ciência, tecnologia e inovação em saúde.
Fonte: GOV
16/04/2024
Brasil reafirma parcerias culturais e diplomáticas com a Colômbia
A 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá (FILBo 2024), não só fortaleceu os laços culturais entre Brasil e Colômbia como também marcou a retomada das relações bilaterais entre os dois países. A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, e sua delegação do Ministério da Cultura participaram de uma série de compromissos estratégicos em Bogotá.
Foram discutidas oportunidades de colaboração em diversas áreas culturais e temas como Formação Artística, Livro e Leitura, entre outros. Juan David Corrêa, ministro colombiano das Culturas, elogiou a história compartilhada entre os dois países e destacou o interesse em fortalecer os laços culturais, especialmente através da literatura.
O Brasil foi o país convidado de honra da FILBo, com o tema “Ler a Natureza”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura e teve encontros diplomáticos com o presidente colombiano, Gustavo Petro, abordando comércio, investimentos e desenvolvimento sustentável.
A comitiva brasileira também se reuniu com o Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e o Caribe (CERLALC), discutindo iniciativas para promover a leitura e a escrita na região. O Brasil atualmente preside o Conselho Geral do CERLALC-Unesco.
Fonte: GOV
19/04/2024
Maduro diz que Venezuela terá novos investidores estrangeiros de gás e petróleo
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, anunciou que o país assinará contratos com 20 investidores internacionais para a exploração de petróleo e gás. O anúncio foi feito em meio ao restabelecimento de sanções pelos Estados Unidos ao setor energético venezuelano.
Os Estados Unidos reativaram algumas sanções ao setor energético venezuelano, proibindo transações com entidades baseadas na Rússia ou controladas por russos. Isso resultou na expiração da “licença 44”, que permitia a empresas americanas negociar com a Venezuela e à PDVSA vender petróleo nos EUA e usar seu sistema financeiro.
Durante uma reunião com trabalhadores da Petróleos de Venezuela (PDVSA), Maduro destacou a importância dos novos contratos para a produção sustentável de petróleo e gás. Ele enfatizou que o mercado internacional valoriza os recursos energéticos venezuelanos e assegurou que as sanções dos EUA não impedirão o crescimento do setor energético do país.
Essas sanções estavam suspensas desde outubro de 2023, mas não foram renovadas devido a preocupações dos EUA com a situação democrática na Venezuela. Além disso, a Justiça venezuelana desqualificou a candidatura da líder da oposição, María Corina Machado, e sua substituta, Corina Yoris, enfrenta dificuldades para se registrar nas eleições presidenciais marcadas para 28 de julho.
Fonte: CNN Brasil
01/03/2024
Em meio a tensão com Venezuela, Guiana assina acordo de cooperação com o Brasil
Os governos do Brasil, Guiana e Suriname anunciaram, em Georgetown, capital da Guiana, um compromisso conjunto com a paz e a intenção de fortalecer acordos em energia e infraestrutura.
Durante uma reunião trilateral à margem da 46ª Caricom (Cúpula da Comunidade do Caribe), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou com os presidentes Irfaan Ali, da Guiana, e Chandrikapersad Santokhi, do Suriname. Eles reiteraram o compromisso de manter a América Latina e o Caribe como uma zona de paz e cooperação, apesar das tensões entre Guiana e Venezuela pela disputa do território Essequibo, rico em petróleo.
No campo energético, os líderes concordaram em intensificar as discussões sobre cooperação em óleo e gás, abrangendo exploração, produção, regulação e planos de resposta a emergências.
Além disso, foi destacada a importância de fortalecer a conectividade física e digital entre os países. Eles acordaram em modernizar a ligação viária entre o estado brasileiro do Amapá e as capitais da Guiana e Suriname, passando pela Guiana Francesa, para ser discutida em futuras conversas sobre a rota.
Fonte: UOL
