Violência à frente de voto para estender o mandato presidencial até 2034
Data: 14/05/2018

Esta semana ocorrerá um referendo no Burundi que pode permitir o presidente Pierre Nkurunziza continuar no poder até 2034. A proposta é de que o mandato presidencial não seja mais de cinco anos, mas de sete, o que permitiria o presidente, que está no cargo desde 2005, a continuar no poder todo esse tempo. A oposição fraca e dividida do governo realizou uma campanha política marcada por alegações de abusos de direitos humanos e discurso de ódio, porém, ainda assim, há pouca resistência à tentativa do presidente de se manter no poder. Isso se dá pois, há vários meses, o clima do país é de tensão, visto que vêm ocorrendo mortes e detenções de oponentes do governo. Na última sexta-feira, 26 pessoas foram mortas e 7 outras foram feridas num ataque na província de Cibitoke, contudo não se sabe se a motivação deste foi política. O governo do Burundi afirma que as acusações são formas de propagandas maliciosas, porém suspendeu transmissões da BBC e o Voice of America no país por 6 meses, acusando-os de propagar notícias que desonraram o presidente. Muitas pessoas no Burundi temem que, após o referendo, possa ocorrer um derramamento de sangue, o que permitiria mudanças na distribuição dos principais cargos do governo conforme a etnia, cujos governos locais, parlamento e senado são compostos por 60% de etnia Hutu e 40% de etnia Tutsi.
Fonte: The Guardian
Ruanda vai acolher prêmio de inovação para África 2018
Data: 15/05/2018
O Governo de Ruanda e a African Innovation Foundation (AIF) anunciaram que Ruanda será o anfitrião da 7ª edição do Prêmio de Inovação para a África (IPA), a ser realizado nos dias 11 e 12 de outubro de 2018. O Prêmio tem como objetivo mostrar a evolução do continente africano, reconhecer e conectar tanto empreendedores como inovadores da África com facilitadores dos ecossistemas de inovação. A escolha do país foi motivada pela proposta do governo ruandês em promover o crescimento econômico baseado no conhecimento, através do empreendedorismo e da inovação para os problemas enfrentados no país. Para isso, ele visiona transformar o país em uma economia autoconfiante com um rendimento de médio-alto à elevado. E também, promovendo um crescimento econômico inclusivo e estimulando a criação de emprego no país, ele pretende aumentar a concorrência no continente. Além disso, Ruanda pretende se tornar um centro de inovação e tecnologia no continente, promovendo a transformação digital até 2020. Assim, o país está se tornando pioneiro na implementação da tecnologia Smart City a fim de melhorar o estilo de vida e a sustentabilidade social dos cidadãos, oferecendo um ambiente favorável à inovação para jovens ruandeses empreendedores.
Fonte: Bantumen
Cerca de 400 mil crianças podem morrer de fome na República Democrática do Congo
Data: 15/05/2018
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgou um relatório no qual se fez um alerta sobre a região de Kasai, localizada na parte central da República Democrática do Congo. No documento, que diz respeito à situação das crianças na região, a instituição afirma que 400 mil crianças correm o risco de morrer de fome. Além destas crianças, a UNICEF reportou que 3,8 milhões de pessoas, incluindo 2,3 milhões de crianças, necessitam de ajuda humanitária na região supracitada. Destas crianças, cerca de 770 mil (representando metade delas) sofrem de desnutrição aguda no país. Até 2016, a região de Kasai era uma das mais pacíficas e ricas do país, contudo a violência entre forças governamentais e milícias tribais levou o recrutamento de milhares de crianças por grupos armados. Com isso, como afirma a sub-diretora executivada da organização internacional, tais crianças não possuem acesso aos serviços básicos que precisam, afetando seus bem-estar. Além disso, a insegurança alimentar na região vem se agravando devido à queda na produtividade, visto que muitas famílias foram expulsas de suas casas, impedindo-as de plantar e colher e, consequentemente, elevando os níveis de subnutrição. Para auxiliar o país e as crianças da região, a UNICEF pediu 74 milhões de euros, dos quais apenas 25% foram obtidos.
Fonte: Jornal de Notícias