Israel deporta requerentes africanos de asilo para Uganda e Ruanda
Data: 18/06/2018

O governo israelense tem deportado forçosamente solicitantes de asilo da Eritreia e do Sudão para Ruanda e Uganda, países com quem possui acordos de migração. Alegadamente, oficiais de imigração israelense propõem aos requerentes: ou uma saída voluntária para o estado ugandense ou ruandês, ou sofrer uma detenção indefinida no território. Em vista da prosperidade e qualidade de vida em Israel face à vinda de 27.000 sudaneses e 7.700 eritreus, a organização Anistia Internacional (AI) criticou a crueldade e ilicitude dessa política de devolução. Em resposta, o governo de Israel defendeu a legitimidade de suas ações porque, supostamente, esses estrangeiros são migrantes com objetivos econômicos, enquanto que o representante ugandês negou a existência de um acordo de deportação. Nesse ínterim, a AI enfatiza que a maioria daqueles que pediram asilo sofreram perseguições políticas ou foram vítimas de abuso dos direitos humanos.
Fonte: The Independent
Malawi adota Resposta Compreensiva e Abrangente aos Refugiados
Data: 22/06/2018
O comissário adjunto Dr. Hudson Mankhwala celebrou a adoção em breve da Resposta Compreensiva e Abrangente aos Refugiados (CRRF, em inglês) durante as festividades no Dia Mundial do Refugiado – 20 de junho – no campo de refugiados Dzaleka, localizado no Malawi. Em meio às performances musicais e de dança, representantes do governo assinalaram problemas relativos à insegurança alimentar e pobreza nesse abrigo que acomoda cerca de 18.000 refugiados além de sua capacidade. Desse modo, a partir da aplicação do CRRF, o governo objetiva ampliar o bem-estar dos estrangeiros por meio da educação e profissionalização deles, aproveitando-se da recepção pacífica dos malawianos.
Fonte: Nyasa Times
Fornecedores de alimentos do Reino Unido exploram agricultores quenianos, diz a OXFAM
A Oxfam International publicou recentemente uma pesquisa detalhando o controle de doze cadeias de supermercados ingleses, tais como Tesco, Aldi e Asda, sobre milhões de produtores e trabalhadores de fábricas africanas e asiáticas no setor alimentício e vestuário. Matthew Spencer, diretor de políticas da organização no Reino Unido, afirmou que muitos desses empregados têm sido explorados na medida em que são financeiramente incapazes de adquirir frutas, vegetais e roupas que eles mesmos produziram. Agricultores quenianos no cultivo de feijão, vinicultores sul africanos ou ainda pescadores indonésios de frutos do mar têm reportado salários baixos, condições de trabalho precárias e testes de gravidez forçados às mulheres contratadas. A Oxfam nota que é preciso construir processos mais transparentes, igualitários e uma participação mais contundente dos consumidores britânicos ao longo dessas cadeias globais.
Fonte: The Star