Intitulado “inimigo do povo” e exilado do Zimbabué, jornalista Wilf Mbanga regressa ao país
Data: 12 de Setembro de 2018
Após 15 anos no exílio, o jornalista Wilf Mbanga retorna ao Zimbábue 10 meses depois da expulsão do líder Robert Mugabe de seu posto. Mbanga conta que mesmo após seu julgamento ser absolvido por alguns magistrados do país ele continuou sofrendo perseguições e assédio, sendo obrigado a sair do país sob ameaça. O jornalista ainda faz um relato em que contrasta um tempo em que, segundo ele “as coisas funcionavam no Zimbábue” e o decorrer do decaimento em que corrupção, ganância desenfreada e a má administração econômica se consolidaram no país, lembrando que até mesmo o ato de criticar o chefe de Estado tinha se tornado crime. Em depoimento, Mbanga ainda relata considerações sobre o país após sua volta, relatos estes que envolvem os desgastes estruturais sofridos pelo Zimbábue no decorrer do tempo.
Fonte: BBC
MPLA ambiciona maior número de vitórias nas eleições autárquicas angolanas mas está ciente que outros vão ganhar
Data: 8 de Setembro 2018
João Lourenço, presidente da Angola, foi eleito no dia 8 de setembro como o presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), seu partido político. Em declaração dada nessa ocasião, ele falou sobre as eleições autárquicas. Disse aos militantes do seu partido que estejam “cientes de que há candidatos de outras formações políticas que ganharão também algumas câmaras”, o que seria uma situação “absolutamente normal e até salutar para a democracia”. Para um país com uma democracia incipiente, o discurso em favor da liberdade de oposição é demasiadamente importante.
Fonte: Diário de Notícias
Depois de morte de crianças em latrinas, a África do Sul promete consertar o saneamento escolar
Data: 14 de agosto de 2018
Crise nas escolas da África do Sul têm provocado indignações nas populações de baixa renda devido à precariedade no saneamento, à corrupção e à desigualdade. Na Cidade do Cabo, duas crianças morreram afogadas em suas escolas devido à precariedade nas instalações em que centenas de milhares de crianças em todo país são submetidas. Esses recentes afogamentos levaram a pauta no Congresso Nacional Africano sobre a falta de representatividade do partido que outrora prometeu lançar serviços essenciais, como reformar a educação para a maioria negra da África do Sul; maioria essa que tiveram oportunidades de progresso social, econômico e político negadas durante o apartheid. Os dois tristes episódios trouxeram a iniciativa conhecida como Saneamento Apropriado para a Educação que tem como objetivo poupar gerações de jovens sul-africanos da indignidade, desconforto e perigo de usar instalações inseguras nas escolas do país.
Fonte: The New York Times