Coronavírus afeta economia do Suriname

O novo coronavírus (COVID-19), está afetando o mundo inteiro, e não é somente a área da saúde, mas várias outras também estão sofrendo as consequências dessa pandemia, dentre as mais atingidas está a economia. Logo, no Suriname as coisas não estão diferentes, uma vez que o país já não estava vivendo uma conjuntura desfavorável, devido ao conflito entre o setor empresarial e o autoritário governo, assim a chegada da corona vírus intensificou os problemas.

Bancos, fábricas, lojas e até os supermercados foram fechados. O diretor Steven Coutinho, do maior banco no Suriname, Surinaamsche Bank, que interrompeu todas as atividades na terça-feira (24 de março de 2020), ressaltou que “Isso pode desligar a economia”. Sendo assim, fica claro que o país passa por um momento de grande crise econômica e legitimidade. Desse modo, países menores, como o Suriname, que não possuem uma economia tão diversificada, estão sofrendo consequências mais danosas devido ao Covid-19, pois passam por maiores desestabilizações, ainda mais por depender de exportações (petróleo e ouro) e financiamentos, os quais sofreram grandes quedas devido à pandemia, afetando as esferas pública e privada.

Esse país do Norte da América do Sul possui grandes dívidas, déficit orçamentário, além da taxa de câmbio que está sob pressão. Ademais dos problemas já existentes, as ações para diminuir a propagação do vírus no país vêm causando danos para os menores empreendedores, segundo o ministro Stephan Tsang, do Comércio, Industria e Turismo. É preciso levar em conta que para ajudar esses que sofrerão com os efeitos da pandemia, o governo necessitaria aderir medidas como isenção de impostos por exemplo, porém ao fazer tal ação, como resultado as receitas do governo também seriam reduzidas.

A queda no preço de suas commodities, a redução do turismo e da entrada de euros nos seus mercados, entre outros fatores afetam e afetarão efetivamente a economia do Suriname. O governo na tentativa de não deixar a situação se deteriorar demais, aprovou 400 milhões de Dólar do Suriname para o fundo de emergência, a fim de estimular a produção local, manter os empregos e fazer com que as empresas permaneçam abertas, além de que uma parte será dedicada à saúde. Porém apesar desse esforço, no Suriname já se  fala em uma ‘década perdida’, que seria de 2015 até 2025, sendo que em 2015 o país passou por uma grande crise de commodities, na qual o crescimento econômico caiu cerca de 5% e a inflação aumentou em mais de 50%, segundo dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). É esperado que após a pandemia do COVID-19, a recessão no país seja igual ou pior do que a de 2015, ainda mais considerando que os recursos fiscais já diminuíram intensamente.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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