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A senhora Mwanyika Thomas: “Não somos vistos e nosso sofrimento não está sendo reconhecido” Foto: Jaclynn Ashly por Aljazeera
“Nos sentimos abandonados”: tanzanianos portadores de HIV se preparam para COVID-19
13/04/2020
Os 1.6 milhão de tanzanianos portadores de HIV se encontram em situação precária frente à pandemia do Coronavírus. Já foram registrados 14,500 casos E 788 mortes relacionadas a doença no continente africano, sendo 46 casos 3 mortes no país. Segundo Michel Yao, gestor do programa emergencial do COVID-19 da OMS no escritório regional africano, apesar de não haverem estudos concretos, os portadores de HIV-AIDS possuem uma maior vulnerabilidade e propensão a desenvolver complicações graves da doença, em especial doenças respiratórias como tuberculose.
Na Tanzânia, o governo cancelou as aulas de escolas e universidades e suspendeu todos os voos internacionais para o país, mas não planeja introduzir a quarentena. Enquanto o Ministro da Saúde encoraja o distanciamento social, o Presidente John Magufuli incentiva a população para se reunir e orar para expulsar o vírus do país. A notícia, ainda, traz uma série de relatos acerca dos portadores de doenças imunodeficiências, que apesar de temer contraírem o vírus, não possuem outra escolha, pois precisam sair para trabalhar para conseguir seu sustento. Esses, então, advogam para que o governo provê comida e itens de higiene básica para que eles possam ficar em casa com segurança
Fonte: Aljazeera
Burundi reabre fronteira com Ruanda e República Democrática do Congo para caminhões de carga
13/04/2020
Burundi reabriu no dia 13/04 suas fronteiras com a Ruanda e a República Democrática do Congo, após as duas semanas de bloqueio a todos os caminhões de carga vindos do Leste Africano, que transitaram por Ruanda, instituído no dia 30 de Março. Durante o bloqueio, Ruanda informou ao Quênia e Uganda que não conseguiria permitir a entrada de cargas vindas do Burundi destinadas a eles. Tal decisão foi tomada após dúzias de caminhões carregados com mercadorias terem sido barrados na fronteira entre os dois países, prejudicando os vários empresários que já estão fragilizados com a pandemia. O bloqueio foi uma violação às resoluções recentes dos ministros da Comunidade do Leste Africano para assuntos de saúde, que decidiram pela continuidade e facilitação dos acordos comerciais na região durante a pandemia do coronavírus. Para além, o Burundi também foi acusado de barrar a entrada de seus nacionais durante essa crise.
Fonte: New Times
Polícia queniana mata mais devido ao toque de recolher obrigatório do que o COVID-19
16/04/2020
A polícia queniana matou 12 pessoas no país na tentativa de impor o toque de recolher como uma das medidas de combate ao coronavírus, 1 a mais do que o número de mortos relacionados a doença até então. Segundo ativistas entrevistados pela matéria, as pessoas andam de máscaras nas ruas porque temem mais serem multados, espancados ou presos do que a doença em si. Eles também apontam que, como as atividades do judiciários estão suspensas, muitos policiais estão extorquindo a população com multas elevadas, já que não podem ser ajuizados em côrte no momento. Sendo assim, para além do medo do vírus, os quenianos estão temendo a violência policial recorrente durante a crise.
Fonte: Anadolu Agency
COVID-19: como a quarentena tem diminuído o acesso à justiça
16/04/2020
O presidente de Uganda, Yoweri Museveni, estendeu a quarentena por mais 21 dias, a fim de minimizar os infectados pelo COVID-19. Tal medida está afetando enormemente o sistema judiciário do país, de modo que o número de detentos aumentou em 2000 pessoas no último mês. Isso se dá pelo fato de que muitas cortes estão desconsiderando as solicitações de fiança por parte dos recentemente encarcerados ou simplesmente atrasando decisões judiciais, sendo os oficiais do Gabinete do Primeiro Ministro (GPM) os culpados por essa conduta. Em continuidade, a notícia relata alegações de conluio entre o GPM e fornecedores de alimentos para inflacionar os preços do pacote alimentar de ajuda do COVID-19. Para além, o processo do pastor Augustine Yiga que teve sua decisão judicial adiada duas vezes sob a prerrogativa de que seus fiéis lotaram a sala de audiências, negligenciando as medidas de distanciamento social. Por fim, o Supremo Tribunal se recusou a conder fiança ao aspirante presidencial, o Tenente-General Henry Tumukunde, sob a justificativa de que as investigações estavam lentas devido a pandemia e os fatos deveriam ser melhor apurados.
Fonte: Daily Monitor