UE convoca cessar-fogo e paz no Sudão do Sul
Por Lorrayne Figueredo Batista em 13/06/2020
Após a Organização das Nações Unidas (ONU) renovar o embargo de armas contra o Sudão do Sul na tentativa de estimular o cessar-fogo no território, o Alto Comissário para Política Externa e de Segurança da União Europeia (UE), Josep Borrell, declarou-se satisfeito com a decisão da OI e afirmou que isso contribuirá para a paz “permanente e abrangente” no país. Ainda nesse sentido, Borrel enfatizou a preocupação internacional em torno da situação do Estado sul-sudanês e disse que a escalada da violência causa mortes, realocações forçadas, violência sexual e agressões aos direitos humanos.
Nessa conjuntura, o político espanhol reiterou que todas as partes da Declaração de Roma, documento que afirma o direito fundamental de alimentação à todos os indivíduos, devem apoiar o cessar-fogo e cumprir os requisitos do acordo de paz. Josep Borrel ainda enfatizou que, para aumentar o apoio da UE ao Sudão do Sul, as reformas previstas devem ser postas em prática e as violações aos direitos humanos devem cessar o mais rápido possível.
Fonte: TRT – Empresa de rádio e televisão da Turquia,
Disponível em: https://www.trt.net.tr/portuguese/mundo/2020/06/12/a-ue-convocou-um-cessar-fogo-e-a-paz-no-sudao-do-sul-1434322
Somália e Somalilândia mantém conversas em Djibouti
Por Maria Isabel Fortunato em 14/06/2020
Apesar da agenda da conversa ainda não ter sido divulgada, os líderes da Somália e da Somalilândia – Estado separatista da Somália – se reuniram em Djibouti com o intuito de conversar e mediar a relação tensa entre as partes, a conversa teve também a presença de Abiy Ahmed, Primeiro-Ministro da Etiópia. Essas são as primeiras conversas oficiais entre o presidente de Somália e o presidente da Somalilândia. Uma das conversas informais entre as partes foi realizada por Abiy Ahmed em fevereiro deste ano – Abiy recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2019 por seus esforços para resolver um conflito de longa data entre a Etiópia e Eritreia.
A respeito da reunião, o presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed “está comprometido com todos os esforços para promover negociações frutíferas com a Somalilândia”, informa o porta-voz da presidência. Já a declaração feita pelo Ministério das Relações Exteriores da Somalilândia, por meio de rede social, afirma que “A delegação da Somalilândia terá a oportunidade de apresentar ao mundo que a Somalilândia tem direito à sua soberania”.
O posicionamento de independência da Somalilândia em relação à Somália se deu em 1991, após anos de guerra com o governo em Mogadíscio. Entretanto, a Somalilândia não conseguiu ainda o reconhecimento internacional de independência. O Grupo de Crises Internacionais apontou num relatório de 2019 que “A questão da soberania da Somalilândia é, com certeza, o centro de tensões entre Mogadíscio e Hargeisa”. Esse conflito tentou ser debatido em rodadas de conversações entre 2012 e 2015, mas, a questão fundamental do status da Somalilândia não conseguiu ser definido. Dessa forma, a Somália considera como violação de sua soberania o posicionamento de qualquer país que aborda a Somalilândia como independente.
Descrição: O etíope Abiy Ahmed Ali foi o vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2019.
Fonte: Middle East Online – Site de notícias e mídia sediado em Londres
Disponível em: <https://middle-east-online.com/en/somalia-somaliland-hold-talks-djibouti >
Primeiro ministro sudanês promete justiça por assassinatos de manifestantes há um ano atrás
Por Paula de Paula Mattos em 07/06/2020
O primeiro ministro do Sudão, Abdalla Hamdok, prometeu justiça nesta quarta-feira (03 de junho de 2020) por dezenas de manifestantes pró-democracia mortos há um ano atrás, pelas forças de segurança. As manifestações políticas se espalharam pelo país e culminaram na derrubada do líder veterano Omar Al-Bashir, dando início a um acordo de compartilhamento de poder civil-militar no ano passado.
Abdalla Hamdok, líder do governo de transição para um regime político civil, nomeou uma comissão em outubro de 2019 para investigar o ataque, que segundo testemunhas e ativistas, foram liderados por membros das forças militares. Em um discurso transmitido em rede nacional, o primeiro ministro afirmou que busca fazer justiça, alegando que “Estamos aguardando a conclusão do trabalho do comitê de investigação independente, que será seguido por encaminhar todos os culpados por terem participado do massacre que dispersou a manifestação em julgamentos justos e públicos”. Alguns manifestantes foram às ruas da capital Cartum na manhã de quarta-feira (03) carregando fotos de vítimas, declarando que os mártires da revolução de 2019 permanecem vivos com os revolucionários.
Em comunicado, a Human Rights Watch, organização internacional de direitos humanos, não-governamental, sem fins lucrativos, afirmou que as autoridades devem tornar públicas as conclusões da investigação e dar aos promotores recursos para acompanhá-las, incluindo acusações contra os responsáveis nos níveis mais altos.
Fonte: Reuters – agência de notícias britânica.
Disponível em:
Banco Mundial aprova nova linha crédito para ajudar Djibouti
Por Matheus Matheus Felipe Carvalho Fonseca em 07/06/2020
A Diretoria Executiva do Banco Mundial aprovou dois novos projetos para auxiliar o Djibouti, que oferecerão $25 milhões em crédito ao país através da Associação Internacional de Desenvolvimento, órgão responsável por ajudar Estados periféricos. Os projetos podem melhorar a prestação de serviços, promover maior crescimento econômico e a inclusão. O primeiro deles, que totaliza $15 milhões, será destinado aos deficientes órgãos estatísticos do país, melhorando a qualidade dos dados coletados, os tornando mais confiáveis e acessíveis. Desta forma, o Djibouti poderá compreender melhor sua situação econômica e social, como a pobreza e o nível de desenvolvimento, permitindo que melhores decisões políticas sejam tomadas.
O segundo projeto, aprovado pelo órgão do Banco Mundial responsável por avaliar os impactos causados pelo deslocamento no Chife da Áfria, ofecerá os $10 milhões restantes. O montante deverá ser destinado a melhoria dos já frágeis serviços sociais e econômicos do país, que deterioraram devido às exigências da pandemia do COVID-19 e ao deslocamento de cidadãos da Etiópia, Eritreia, Somália e Iêmen, que foram obrigados a se refugiar no Djibouti. Acredita-se que com esse novo projeto a condição social e econômico dos refugiados e das comunidades djibutianas que os acolhem melhorará. Esses não serão os primeiro empréstimos do Banco Mundial ao Djibouti. Atualmente a instituição é responsável por diversos outros projetos no país, que focam, entre outras coisas, na redução da pobreza, saúde e educação.
Fonte: Banco Mundial
Disponível em: <https://www.worldbank.org/en/news/press-release/2020/05/31/new-25-million-support-will-help-djibouti-grow-its-economy-and-improve-access-to-services>.