Terrorismo na Bolivia?
Data: 09\09\2020
A ONG Human Right Watch manifestou um parecer ao governo boliviano solicitando que seja revista a acusação de atividade terrorista imputada ao ex-presidente Evo Morales. A acusação feita pelo governo se baseia num áudio vazado no qual o ex- chefe de Estado aparece supostamente organizando, junto a uma liderança agropecuarista, um bloqueio de estradas a fim de impedir a chegada de alimentos nos centros urbanos. Para a ONG,a acusação é apenas uma manobra política da presidente interina do país, uma vez que não existe nenhuma associação entre Evo e uma atividade mais radical que incite a violência. O áudio que sustenta a acusação não apresenta nenhuma atividade que possa se caracterizar como um ato terrorista, principalmente pelo fato de bloqueios de estradas é algo comum não apenas na Bolívia, mas na América Latina como um todo. Para além do parecer sobre o caso de Morales, a Human Right analisou outros processos referentes ao Movimento ao Socialismo que é o partido do ex-presidente (que está exilado) e informou que pelo menos 21 desses processos possuem abuso de autoridade.
Renúncia pela União
Data: 17\-09\2020
A atual presidente boliviana, Jeanine Áñes, decidiu abandonar a disputa eleitoral do país. A senadora é a presidente em exercício na Bolívia desde após a renúncia de Evo Morales. A decisão da presidente interina se deu após a divulgação de uma pesquisa eleitoral na qual ela apareceu atrás do candidato do partido Movimento para o Socialismo, mesmo partido de Evo Morales, e também atrás do ex-presidente Carlos Mesa. Jeanine tinha anunciado sua candidatura no início do ano de 2020, mas segundo ela se fez importante a sua renuncia para que os candidatos de oposição a Luiz Acre (Movimento para o Socialismo) tivessem maior chance de vencê-lo nas urnas. Na pesquisa, o candidato socialista teve uma maior aprovação do que os demais,mas segundo especialistas ele poderia perder num segundo turno.