Mais precisa ser feito para quem sofre de saúde mental em Serra Leoa.
Por Mariana Mendes Azevedo Reis. 10/10/2020
No dia Mundial da Saúde Mental, 10 de outubro, a Advocacy for Mental Health and Human Rights (Organização em defesa da Saúde Mental e dos Direitos Humanos – AMMHR), buscou aumentar a conscientização e atrair esforços no apoio à saúde mental, principalmente em Serra Leoa. Sendo um dos países mais pobres do mundo, Serra Leoa encara sérios problemas na área da saúde mental, uma vez que viver na pobreza pode causar estresse crônico, entre outras dificuldades que podem ter um impacto nas funções cerebrais, principalmente em pontos críticos do desenvolvimento, sendo os jovens os mais afetados.
De acordo com a AMMHR, problemas de saúde mental frequentemente servem como gatilho para a violação dos direitos humanos, o que pode levar as pessoas a abusarem de substâncias ilícitas e/ou se tornarem abusivas, entrando na vida do crime. Segundo o CEO e fundador da organização, Kona Seibureh, “a saúde mental é um fator determinante do desenvolvimento socioeconômico. Há evidências de que o bem-estar mental é importante para nossa saúde física e para nos ajudar a alcançar os objetivos que estabelecemos para nós mesmos ”. Devido a isso, a AMMHR irá intensificar os apelos para que o Governo serra-leonense priorize o financiamento de serviços de saúde comportamental, com Seibureh frisando que é necessária uma ação forte do Governo, focando na promoção da saúde mental para o desenvolvimento social e econômico, para assim garantir serviços de saúde mental para todos, em qualquer lugar e a qualquer momento.
Político do Mali e trabalhador humanitário francês sequestrados, são finalmente libertados.
Mariana Mendes Azevedo Reis. 06/10/2020
Sequestrados pelo grupo Jihadista afiliado a Al-Qaida, Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM), o ex-candidato à presidência, Soumaïla Cissé, e a trabalhadora humanitária francesa, Sophie Pétronin, foram finalmente soltos dia 8 de Outubro deste ano, após serem feitos reféns por respectivamente 8 meses e 4 anos. Em meio a boatos e com o grupo Jihadista JNIM assumindo a responsabilidade pelas abduções, relatos afirmam que aviões com quase 200 Jihadistas, antes detidos pelas forças de segurança, voaram até a cidade de Tessalit no domingo, para libertar os prisioneiros.
O descontentamento com a violência jihadista na região, apesar da presença de milhares de soldados franceses, das equipes das forças especiais dos EUA, dos exércitos regionais e dos soldados da Paz da ONU, alimentou a raiva contra o governo do Mali, gerando manifestações em massa e na deposição do presidente Ibrahim Boubacar Keïta em agosto. Devido a isso, a junta militar do Mali, conhecida como Comitê Nacional para a Salvação do Povo, estabeleceu um período de transição de 18 meses antes da novas eleições. Como forma de apoiar o novo governo civil, o bloco regional ECOWAS — que havia exigido que o governo fosse liderado por civis —, anunciou o levantamento das sanções impostas contra o Mali após um gabinete de 25 membros ter anunciado o cumprimento com as condições impostas pela organização.
Link: https://www.theguardian.com/world/2020/oct/06/kidnapped-mali-politician-and-french-aid-worker-freed
Oposição do governo de Julius Maada, APC, responde de volta sobre o Livro Branco em combate à corrupção feito pelo atual governo de Serra Leoa.
Por Mariana Mendes Azevedo Reis. 28/09/2020
O atual governo da Serra Leoa, do presidente Julius Maada Bio, tem seguido o Livro Branco de combate à corrupção, e, devido a isso, indiciou por corrupção e abuso de poder, através das “Comissões de Inquérito” (COI), membros do partido opositor, O Congresso de Todos os Povos (APC em inglês). Tais membros tiveram seus bens conquistados e foi exigido deles o reembolso de fundos públicos roubados.
Entretanto, o APC disse que as Comissões de Inquérito formadas pelo atual governo não eram constitucionais, justas, independentes e nem responsáveis, afirmando que o Livro Branco do Governo e os relatórios da COI tem motivações políticas, além de serem legalmente falhos e processualmente defeituosos. Tendo isso em vista, o APC publicou uma declaração em resposta a atitude tomada pelo governo, afirmando que: “rejeita e contesta todas as medidas estabelecidas pelo Livro Branco do Governo e pela COI, apoiando seus membros que foram acusados e indiciados por corrupção”, atestando novamente que “as conclusões e recomendações do Livro Branco do Governo e dos relatórios do COI são produto de um processo marcado pela inconstitucionalidade, ilegalidade, corrupção processual, vingança política e malícia”.