COVID-19: Ruanda inclui refugiados em plano de vacinação
11/03/2021
No sexto dia desde o início da campanha de vacinação contra o COVID-19, o governo de Ruanda já vacinou 197 refugiados e requerentes de asilo situados em território ruandês, a maioria proveniente da Líbia. Os vacinados até então enquadram-se nos critérios de preferência do plano nacional de vacinação: profissionais da saúde, professores, portadores de doenças crônicas, maiores de 65 anos e trabalhadores essenciais. De acordo com Olivier Kayumba, secretário-permanente do Ministério de Gestão de Emergências, o governo ruandês decidiu priorizar os refugiados residentes em Gashora, setor do distrito de Bugesera. Isso se dá pelo fato de que, após acordo assinado em 2019 entre Ruanda, União Africana e a ACNUR, o país é responsável pela evacuação de refugiados originados da Líbia. A partir dessa ação, Ruanda tornou-se um dos primeiros países africanos a incluir refugiados no plano de vacinação em massa.
Fonte: The New Times
“Desaparecimento” do presidente da Tanzânia levanta suspeitas de COVID-19
12/03/2021
Quase um mês após o governo da Tanzânia admitir, por pressão da OMS, a existência de casos do COVID-19 no país, o “desaparecimento” do presidente John Magufuli levanta rumores de que este teria contraído o vírus. Magufuli, que vem sendo um grande negacionista da necessidade de medidas de proteção e isolamento social, não faz aparições públicas desde o dia 27 de fevereiro, o que gerou a repercussão de diversos rumores a respeito do estado de saúde do presidente. O governo tanzaniano nega e tenta a todo custo dar um fim a essas suposições, tendo inclusive detido aqueles que espalhassem rumores sobre o caso, apoiando-se na lei de crimes cibernéticos (muito criticada por grupos defensores dos Direitos Humanos). A oposição, por sua vez, exige por respostas sobre o paradeiro de John Magufuli e pela soltura dos cidadãos presos pela polícia
Fonte: Africanews

Morre John Magufuli, presidente da Tanzânia
17/03/2021
Após dias de especulação e repressão à respeito do paradeiro de John Magufuli, presidente da Tanzânia, o mundo finalmente teve uma resposta. Através de um pronunciamento, a então vice-presidente Samia Suluhu Hassan anunciou a morte do chefe de Estado por problemas cardíacos. Líderes mundiais prestaram condolências em suas redes sociais, e o líder da oposição, Tundu Lissu, alega ter provas de que o presidente teria contraído o COVID-19. Tais provas não puderam ser verificadas. Enquanto isso, Samia Hassan se prepara para se tornar a primeira presidente mulher do Leste Africano, e os cidadãos tanzanianos sentem um clima de luto e incerteza pelos caminhos políticos que o país seguirá.
Fonte: Africanews
Tribunal Superior vota por manter o banimento da mutilação genital feminina no Quênia
18/03/2021
Desde que foi banida em 2011, a chamada circuncisão feminina permanece sendo motivo de debate no Quênia. O cancelamento da lei que bane a prática (que consiste na remoção das partes externas da genitália feminina) passou por votação no Tribunal Superior queniano após receber uma petição da Dra. Tatu Kamau, alegando que o banimento seria inconstitucional. A médica argumenta que a proibição do ato é uma ameaça à herança nacional e sugere que mulheres acima dos 18 anos possam escolher realizá-la ou não. O Tribunal, por sua vez, decidiu por manter a proibição, já que, analisando testemunhos de vítimas, concluiu que não há a possibilidade de consentimento. Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde, a mutilação genital não oferece benefícios, podendo inclusive acarretar em problemas de infertilidade. A decisão foi comemorada por entidades que advogam pelos direitos das mulheres, que elogiaram a postura e o exemplo que o Quênia oferece ao restante do Leste Africano, onde o costume ainda prevalece.
Fonte: Africanews