O fantasma do FMI segue assombrando a Argentina
28/03/2021 – Por Brenda Fontana
Na semana passada, o Ministro da Economia Martín Guzmán reuniu-se com Kristalina Georgieva, diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI). No mesmo período, a vice-presidente Cristina Kirchner sinalizou o interesse de estender o pagamento do empréstimo com o fundo por mais 20 anos com uma redução dos juros anual para 1%. Se por um lado o governo busca melhores condições para o pagamento da dívida, por outro o FMI deixou claro que o prazo de três anos só poderia ser estendido para dez anos, e que isso exigiria um forte ajuste fiscal e reformas estruturais do país. O cenário é pouco favorável para a Argentina que também necessita reestruturar ainda esse ano a dívida com o Clube de Paris. Na tentativa de evitar um resultado eleitoral negativo nas eleições parlamentares em outubro, o governo vem buscando adiar a reestruturação da dívida com o FMI para 2022.
Brasil foi cúmplice dos EUA para depor Allende no Chile, segundo documentos de inteligência
31/03/2021 – Por Nathalia Amorim
No dia 31 de março de 2021, o National Security Archive divulgou documentos que comprovam intervenções da ditadura militar brasileira, juntamente com os Estados Unidos, na derrubada de Salvador Allende e a instauração do golpe militar de Augusto Pinochet, no Chile. Uma das principais provas utilizadas foi um memorando feito por Richard Nixon e Emílio Garrastazu Médici, no qual Médici afirmou que Allende perderia o poder de seu país como João Goulart perdeu no Brasil, sendo que o mesmo, perdeu sua governança pelo golpe militar de 1964.
Haviam documentos da CIA que afirmavam que os EUA esperavam que o Brasil fizesse seu “trabalho sujo” na América do Sul. E o Brasil assim o fez, tendo em vista o alinhamento direto da antiga ditadura militar brasileira ao governo estadunidense. Há pesquisadores, como Roberto Simon, que afirmam o contrário, e acreditam que as ações da ditadura brasileira em sua política externa tinham objetivos próprios. No caso, garantir a perpetuação de sua própria ditadura e erradicar a possibilidade do socialismo na região, que era a proposta de Allende. De qualquer maneira, haviam canais de comunicação entre militares brasileiros e militares chilenos contrários a Allende, que planejaram o golpe no Chile juntos com grupos de extrema direita.
Covid-19: Moradores do Paraguai buscam atendimento em Foz do Iguaçu, e prefeitura diz aumentar fiscalização nas barreiras sanitárias
04/04/2021 – Por Júlia Oliveira
De acordo com a direção do Hospital Municipal, moradores do Paraguai têm buscado assistência médica em Foz do Iguaçu, para casos de Covid-19. Sérgio Fabris, diretor do hospital, afirmou que alguns dos pacientes chegam ao local em estado grave, por vezes até sem vida. O município, localizado a oeste do Paraná, faz uma ligação entre o Brasil e o Paraguai, por meio da Ponte Internacional da Amizade. Ademais, após realizarem a checagem de endereços de pacientes que foram internados no Hospital Municipal, as equipes médicas notaram que parte destes pacientes não moravam nos locais informados no internamento.
Outrossim, foram montadas barreiras, a partir de março, com o intuito de evitar que moradores do Paraguai, que não apresentassem um teste negativo para a doença, circulassem por Foz do Iguaçu. Além disso, foi autorizada uma fiscalização para barrar ambulâncias do Paraguai, caso o paciente em questão não dispusesse de uma vaga na cidade. Segundo o médico pneumologista, Carlos Pallarolas, do Hospital Regional de Cidade do Leste, no Paraguai, a condição do município é grave, uma vez que todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva, assim como os de reanimação, que possuem uma estrutura semelhante ao último, encontram-se ocupados. Para mais, o cenário na enfermaria é, também, de lotação, visto que não há leitos disponíveis, de modo que existem pacientes internados em cadeiras.
A convulsão militarista no governo Bolsonaro
05/04/2021 – Por Júlio Belo
O Jornal El País fez um breve histórico para explicar a abrupta troca do comando das Forças Armadas, assim como, do Ministério da Defesa, no Brasil. Inicialmente retornou à 2014 quando em discurso, Bolsonaro prometeu aos militares colocar o Brasil à direita quando fosse eleito. Exaltações à figuras ultra-conservadoras do regime militar delineavam bem as características do bolsonarismo. À medida que a ala militar se afastava das convicções, o Presidente demonstrou sua autoridade e poder, enquanto que o baixo escalão das organizações já o apoiavam, agora é iminente que a troca dos comandantes ganha mais força à politização dos militares de forma generalizada.