Clipping Grandes Lagos #79

União Africana quer cinco centros de produção de vacinas no continente

14/04/21

Com o objetivo de construir resiliência regional e fortalecer a segurança da saúde no continente, a União Africana anunciou o lançamento de uma parceria para a fabricação de vacinas em cinco centros de pesquisa a serem construídos no continente nos próximos 15 anos. Os cinco centros estarão localizados no norte, sul, leste, oeste e centro da África nos próximos 10-15 anos, disse John Nkengasong, diretor dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência da UA. A iniciativa vem de uma parceria da UA e a Coalizão para Inovações na Preparação para Epidemias (CEPI). O Africa Export-Import Bank e a Africa Finance Corporation também assinaram o memorando de entendimento na terça-feira.

A África foi até agora a região menos afetada pela pandemia, com 4,3 milhões de casos registrados, incluindo 114.000 mortes em uma população geral de 1,2 bilhão, de acordo com dados da OMS. Ficando  “à margem” da campanha de vacinação contra a Covid-19, o continente, com apenas dois por cento do total mundial recebendo vacinas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mostra déficits de abastecimento, financiamento e pessoal. Devido a isso, possuem como meta produzir localmente em 20 anos 60 por cento de todas as vacinas usadas no continente – em comparação com 1 por cento hoje.

Fonte: Nation Africa

Ruanda obterá mais de U$ 42 milhões de alívio da dívida do FMI

12/04/2021 

Como parte dos esforços do Fundo Monetário Internacional (FMI) que teme como objetivo o alívio do serviço da dívida de 28 países membros, Ruanda deverá se beneficiar de um alívio de US$ 42,76 milhões do Fundo por um período inicial de seis meses, como dito em comunicado. Este é o terceiro alívio do serviço da dívida em Ruanda pelo FMI, auxiliando o país a lidar com o impacto da pandemia Covid-19. Até agora, o fundo disse que os doadores, incluindo da União Europeia, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Holanda, Suíça, Noruega, Cingapura, China, México, Filipinas, Suécia, Bulgária, Luxemburgo e Malta prometeram US $774 milhões em contribuições.

Ruanda sofre consequências da pandemia do coronavírus resultados diretos de processos como a fraca demanda global, interrupções na cadeia de abastecimento e um bloqueio econômico estrito, afetando setores da economia. Outras formas de suprir esses déficits foram desembolsos da Facilidade de Crédito Rápido (RCF) e financiamento concessional de parceiros de desenvolvimento.

Fonte: Net Times

Quênia busca próximo vírus mortal entre dromedários

Data: 15/04/21

Com a pandemia de covid-19, o mundo descobriu a extensão das zoonoses, os vírus transmitidos por animais e que representam 60% das doenças infecciosas humanas, segundo a OMS. A gama é ampla: morcegos, pangolins, aves, entre outros animais. Devido a isso, a International Livestock Research Institute (ILRI) começou a estudar os dromedários do Quênia em 2013, um ano após o surgimento de um vírus preocupante na Arábia Saudita: o MERS-CoV, o coronavírus que causa a síndrome respiratória do Oriente Médio. No caso do MERS-CoV, segundo a OMS, o vírus foi transmitido às pessoas por meio do contato próximo com esse ruminante, levando a uma epidemia que causou centenas de mortes em todo o mundo entre 2012 e 2015, principalmente na Arábia Saudita. 

Com sintomas parecidos com os da COVID-19, sendo febre, tosse, falta de ar e um leve resfriado em dromedários, a doença se mostra mais letal entre humanos, causando uma morte entre três infectados. A pesquisa se mostra fundamental visto que no Quênia, os dromedários são animais usados no consumo de leite e carne, e, embora há cerca de 3 milhões de animais no país, a população queniana ainda não detém muito conhecimento sobre o animal. Uma investigação de 2014 revelou a existência de anticorpos contra MERS em 46% dos dromedários estudados, mas apenas em 5% das pessoas (dos 111 cuidadores de camelos e trabalhadores de matadouros, foram 6 positivos). Com a possibilidade de que surjam variantes do MERS-Cov o risco de que futuras pandemias ocorram se torna mais palpável à medida que aumenta o contato entre animais selvagens, rebanhos e pessoas em razão da destruição do meio ambiente.

Fonte: Estado de Minas

Oleoduto Uganda-Tanzânia será o mais longo do mundo

14/04/2021

A construção do oleoduto, que será o mais longo do mundo, com 1443 quilómetros, deverá começar este ano. Os governos do Uganda e da Tanzânia assinaram acordos com as companhias petrolíferas Total, da França, e CNOOC, da China, para a construção de um oleoduto para transportar petróleo bruto da Uganda para um porto da Tanzânia no Oceano Índico.

Um grupo da sociedade civil liderado pelo Instituto Africano para a Governação da Energia argumentou que não houve nenhum tipo de negociação para que as famílias que serão afetadas pelo oleoduto sejam indenizadas, além de questionarem o lugar de construção do projeto, sendo em uma zona de conservação ecologicamente sensível. Desse modo, houve um pedido para o cancelamento das negociações, somado ao questionamento de uma possível corrupção por parte do governo com a falta de transparência dos contratos com as petrolíferas.

Contudo, o Secretário Permanente do Ministério da Energia e do Desenvolvimento Mineral de Uganda, Robert Kasande sustentou a importância do projeto e inviabilizou partes do acordo de forma explícita para a população ugandesa, deixando de fora questões contratuais a serem discutidas com a população civil. Por fim, há um anseio populacional que o dinheiro arrecadado com o petróleo seja revertido em verba educacional.

Fonte: DW

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