ONU anuncia aumento de segurança em abrigo de refugiados no Quênia após ataques contra população LGBTQIA+
Após a morte de um homem gay por queimaduras no último atentado contra minorias LGBTQIA+ no abrigo Kakuma, no nordeste do Quênia, um oficial das Nações Unidas anunciou o aumento da segurança no já controverso campo de refugiados. A ACNUR, responsável pelo acampamento, afirmou que o incidente estava sendo investigado. Essa onda de ataques às minorias vêm em um momento tenso na região, já que o governo queniano solicitou o fechamento de dois campos de refugiados – incluindo o Kakuma. As autoridades locais alegam que o funcionamento dos abrigos resultam em um problema de segurança nacional, citando o histórico de ataques envolvendo indivíduos ligados ao grupo terrorista Al-Shabaab dentro dos acampamentos.
Fonte: All Africa
Violência de gênero está em crescente no Quênia, alertam autoridades
O governo queniano, na última semana, expressou preocupações a respeito do aumento do número de casos de violência de gênero no país, uma alta coincidente com o período de isolamento social por causa do COVID-19. De acordo com o Ministério de Serviços Públicos e Gênero, os casos registrados em 2020 somam mais que o triplo do número de casos do ano anterior, e a tendência é apenas subir. O governo, reconhecendo a complexidade do problema, une esforços e conta com a população para a diminuição dos números, através de campanhas de conscientização, redes de denúncia e compartilhamento de informação. A própria secretária de gabinete do ministério, Margaret Kobia, fez um pronunciamento ao povo pedindo que os casais resolvessem os problemas de forma pacífica, e que não apelassem para o uso da força física. O Ex-Primeiro Ministro do país também se juntou à campanha e fez publicações em suas redes sociais.
A crescente dos casos de violência doméstica no Quênia recebeu o nome de “pandemia à sombra”, justamente por sua relação com a pandemia da COVID-19.
Fonte: All Africa

Na ONU, República Democrática do Congo pede bilhões pela “barbaridade” de Uganda na guerra de 1998
Após falha em negociações, República Democrática do Congo reivindica bilhões de dólares no Tribunal Internacional de Justiça da ONU. O país alega que a barbaridade por parte de Uganda na guerra – que terminou há quase 20 anos – foi desproporcional e causou a ruína do país. William Byaruhanga, responsável pela defesa ugandense, vê o pedido como extremo, e que “as reivindicações têm raízes táticas, e não condizentes com a realidade”.
Em 2005, já havia sido decidido, pelo mesmo tribunal, que Uganda fosse considerada inteiramente responsável e que devesse indenizar a RDC pela invasão do território que matou 3 milhões de pessoas (apesar de, no mesmo ano, ser decidido que Uganda teria direito a indenizações por ataques às suas embaixadas). Contudo, as negociações entre as partes se mostraram ineficazes, e foi aberto um pedido por parte da República Democrática do Congo para que o tribunal reabrisse o caso.
A defesa ugandense irá responder às alegações no dia 29 de abril.
Fonte: Africa News