A Argentina se propôs a liderar a questão ambiental da América do Sul, tendo em vista o vácuo deixado por Bolsonaro
23/04/2021 – Por Emilly Guidi
Na última quinta-feira, 22 de abril de 2021, a Argentina demonstrou, mais uma vez, interesse em ocupar o espaço abandonado pelo Brasil na reunião da Cúpula de Líderes sobre o Clima. Em todas as reuniões, o presidente Alberto Fernández reforça a importância do assunto apesar da falta de familiaridade do assunto por parte da sociedade civil argentina e solicita a liderança quanto à agenda climática da América do Sul. Fernández alega que tal posição seria estratégia para a interlocução com os demais líderes, visto que Joe Biden, Emmanuel Macron e Angela Merkel também priorizam a agenda climática.
Vale reforçar que anteriormente, em 2018, o presidente chileno, Sebastián Piñera, também tentou assumir a liderança após a eleição de Jair Messias Bolsonaro e a abdicação da candidatura brasileira para sediar a reunião das Nações Unidas (ONU) quanto ao assunto. Piñera afirmou a importância da COP 25, enquanto o presidente brasileiro menosprezou o assunto, e obteve sucesso. Contudo, após as manifestações domésticas no Chile em outubro de 2019, o presidente chileno precisou alterar sua a agenda e abandonou a reunião da cúpula, que aconteceria em dezembro do mesmo ano, em Santiago.
Uruguai apresenta proposta para flexibilizar Mercosul
26/04/2021 – Por Laura Ribeiro
Dia 26 de abril, ocorreu uma reunião extraordinária do Conselho de Mercado Comum, onde ministros do Exterior e de Finanças debateram sobre flexibilização das regras de acordo comerciais fora do bloco econômico do Mercosul. O país uruguaio apresentou novas condições de acordos com outros países de fora do bloco, tanto coletivamente quanto unilateralmente. Até então, os membros do bloco deveriam aprovar os novos parceiros comerciais de seus membros, assim, a proposta uruguaia compreende abolir a necessidade de anuência dos parceiros por parte dos membros, deixando apenas a obrigação de comunicar ao Grupo Mercado Comum – órgão executivo do grupo – sobre os acordos e andamento de negociações externas ao bloco. Ainda, o presidente uruguaio, Lacalle Pou, aponta como algo negativo o requisito de unanimidade para se decidir questões de mudança dentro do bloco, o que impede o avanço de sua economia. Supostamente, essa fala seria uma indireta a Alberto Fernandez, presidente da Argentina, que se opõe a flexibilização do bloco. Ademais, Uruguai e Brasil pressionam por uma redução da Tarifa Externa Comum.
Estrangeiros retiraram US $2 bilhões de aplicações financeiras no Brasil em março.
26/04/2021 – Por Júlia Parzzanini
De acordo com dados divulgados pelo Banco Central, cerca de US$ 2,996 bilhões saíram do mercado acionário e dos fundos de investimentos em março de 2021. É a primeira vez, desde maio de 2020, que a saída de recursos destinados a ações e rendas fixas supera a entrada de investimentos do capital estrangeiro. O Bancen informou que não é possível afirmar que a saída de recursos seja tendência para os outros meses do ano: “A gente não deve cravar que é agravamento da pandemia”, disse o chefe do Departamento de Estatísticas do BC. “O que saiu em março voltou ao menos parcialmente em abril. E o que entrou em março está saindo em abril. A gente tem um movimento volátil que a gente não consegue identificar a tendência, e nem se relaciona com o agravamento da pandemia”, informou.
Grupo Atlântico Sul 