Clipping África Austral # 88

África do Sul apresenta metas mais ambiciosas antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CoP26)

27/09/2021

A governo da África do Sul informou, nesta segunda-feira (27), ao escritório do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa – o país terá como objetivo limitar as emissões a 510 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2025 e a não mais que 420 milhões de toneladas até 2030. Conforme apresentado, a África do Sul pretende aumentar o uso de energias renováveis, enquanto se prepara para eliminar a utilização do carvão; ademais, o país também está se planejando para lidar melhor com algumas das consequências das mudanças climáticas, como a seca. O anúncio foi feito enquanto os países se preparam para a próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (CoP26), marcada para novembro na cidade de Glasgow, na Escócia. Vários líderes globais pediram, durante a Assembleia Geral da ONU, que os países assumam compromissos mais ambiciosos para combater as mudanças climáticas.

Fonte: Valor Econômico

Muitas empresas do Zimbabwe exigem que seus funcionários sejam vacinados

29/09/2021

Ao contrário da maior parte dos países do continente, o desafio no que tange à vacinação dos habitantes de Zimbabwe não é a aquisição de doses imunizadoras – o país diz ter um amplo suprimento – mas sim a hesitação da população na hora de tomar a vacina. Os dados atuais relativos à vacinação apontam que cerca de 15% dos 15 milhões de habitantes estão totalmente vacinados – bem acima da taxa africana de 4%, mas longe da meta do governo de 60%. Visto isso, empregadores de todo o país têm exigido a vacinação de seus empregados para que estes possam exercer suas funções, incluindo o governo, que exige a vacina para seus 500.000 funcionários. Porém, muitos críticos caracterizam a estratégia como cruel, pois coloca em risco a subsistência de pessoas que estão entre as mais vulneráveis do mundo, e já estão sofrendo durante a pandemia. Problemas de logística também permeiam a campanha de imunização: centros de vacinação às vezes ficam sem abastecimento, e os bairros urbanos pobres e as áreas rurais muitas vezes têm ficado sem doses nos últimos meses; pessoas relatam esperar horas a fio apenas para serem informadas de que o centro de vacinação estava fechando mais cedo devido aos suprimentos limitados ou à falta de pessoal; além disso, pessoas aptas a segunda dose também reclamaram de terem sido rejeitadas nos centros dando preferência aos que buscavam as primeiras doses.

Fonte: Africa News

Países ricos buscam US$ 5 bi para que África do Sul deixe carvão

Fonte: Eskom/Bloomberg

29/09/21

A África do Sul é o 12º país que mais emite gás carbônico em todo o mundo, muito por conta de sua dependência de sua produção de energia com carvão. Com isso, após discussões de membros do Conselho Climático da ONU, ficou clara a necessidade de um investimento na África do Sul para deixar esse consumo de carvão, algo discutido em torno de US $5 bilhões. O Conselho já vinha pressionando o país para reduzir a emissão, mas era clara a necessidade de um aporte financeiro para uma mudança tão grande em um país sem grandes recursos financeiros.

Fonte: Yahoo Finanças

Moçambique lidera países lusófonos em participação feminina na política

31/09/21

Apesar de apresentar péssimos índices estruturais ligados à política, como democracia frágil, ou baixo IDH, Moçambique é o país lusófono com maior índice de mulheres na política, ficando à frente de nações mais desenvolvidas, como Brasil e Portugal. No país, 42% das cadeiras do setor legislativo do país são ocupadas por pessoas do gênero feminino, além de 45,5% dos ministérios também por mulheres. Muito dessa influência feminina na política moçambicana veio pela participação das mulheres na libertação nacional, quando participaram diretamente e foram essenciais para o sucesso da luta.

Fonte: Folha de S. Paulo

Moçambique: Mais de 860 mil pessoas devem necessitar de assistência alimentar até junho de 2022

01/10/2021

A crise alimentar em Moçambique decorre dos conflitos armados na província de Cabo Delgado, no norte do país. Cerca de 866 mil pessoas da região dependerão de algum tipo de assistência alimentar mensal até junho de 2022. Entretanto, os recursos do Programa Alimentar Mundial (PAM) são escassos, de modo que, atualmente, cada beneficiário tem suas necessidades energéticas supridas em apenas 39%. É a única região do país com insegurança alimentar, que pode ser agravada diante do alto risco de inundações nas bacias dos rios Maputo, Umbeluzi, Incomati, Limpopo, Búzi, Púnguè, Savane e Licungo que podem prejudicar a produção alimentícia. O conflito na província de Cabo Delgado se deve à disputa de grupos paramilitares pela região, rica em gás natural, e já provocou mais de 3.100 mortes e mais de 817 mil deslocados. A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) – uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio de Ruanda – permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes que as ocupavam desde agosto de 2020.

Fonte: Africa 21 digital

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