Vacinas podem ser um divisor de águas na luta contra a malária na África
01/11/2022
Por Victor Motta
A luta contra a malária foi consideravelmente reforçada com a adição de vacinas antimaláricas ao pacote de medidas de prevenção. Essas vacinas têm o potencial de reduzir doenças e mortes relacionadas à malária em crianças menores de cinco anos – um dos estratos mais afetados pela malária hoje. Recentemente, estudos feitos em Burkina Faso, juntamente com a Universidade de Oxford, publicaram resultados muito positivos sobre testes de uma nova vacina denominada R21 contra a malária.
Desenvolver uma vacina eficaz contra a malária tem se provado muito mais difícil que desenvolver uma vacina contra a COVID-19, isso pode ser provado com as recentes vacinas contra a COVID-19 aprovadas pela OMS com menos de um ano de desenvolvimento, enquanto isso a primeira vacina contra a malária demorou trinta anos de estudo e desenvolvimento para ser aprovada pela OMS. A malária ainda está entre uma das doenças com maior taxa de mortalidade no continente africano com mais de 600 mil mortes no ano de 2020 segundo a OMS.
Fonte: Le Journal de l’Afrique
UNICEF e USAID entregam 22 estações para suporte ao saneamento básico no valor de US$ 2 milhões para o Ministério da Saúde da Gâmbia
01/11/2022
Por Diogo Procópio Spadotto
No dia 27 de outubro, quinta-feira, o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em conjunto com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) entregaram 22 estações com água corrente para a lavagem de mãos em comunidades de alto risco espalhadas por toda a Gâmbia. No total foram repassados US$ 2 milhões ao ministério da saúde do país para a construção e instalação das unidades de saúde.
O projeto foi arquitetado pelo UNICEF, órgão das Nações Unidas que tem o objetivo de promover a defesa dos direitos das crianças através de um fundo de emergência internacional, fomentando o desenvolvimento e criando soluções duradouras a esses problemas. Com o auxílio dos Estados Unidos da América através do financiamento da USAID, órgão americano que realiza trabalhos humanitários e de desenvolvimento internacional a fim de salvar vidas, reduzir a pobreza, fortalecer a governança democrática e ajudar populações menos favorecidas a progredir. Os US$2 milhões foram investidos mais especificamente em despesas para fornecimento de serviços essenciais de saúde e água, saneamento, higiene, comunicação, vacinas e desenvolvimento da comunidade. Além de também prever a construção de um sistema de abastecimento de água movido a energia solar no futuro, com capacidade de tanque de 10.000 litros para essas instalações.
A cerimônia de entrega e celebração do projeto foi realizada na sede de direção do ministério da saúde em Farafenni. No evento, o diretor regional de saúde da Gâmbia, Abdoulie Jarju, se pronunciou agradecendo o UNICEF e seus parceiros por garantirem os serviços de saúde básica na região, que abrange 174 comunidades, dos territórios de Kerewan até Palodi, com uma população de 121.369, dentre esses 24.273 menores de cinco anos.
Ademais, o representante do UNICEF na Gâmbia, Gordon Jonathan Lewis, agradeceu a USAID pelo financiamento do projeto e também ressaltou o papel fundamental das mulheres na saúde e desenvolvimento da sociedade, sinalizando o importante lugar de liderança que elas devem ocupar para incentivar a vacinação no país, mobilizando a comunidade para vacinar os seus filhos contra o sarampo, rubéola e também o covid-19.
Por fim, o governo da Gâmbia, devido a toda mobilização e seriedade do assunto, comprometeu-se a atingir metas muito ambiciosas para levar melhores condições de tratamento de água e esgoto a pelo menos ¾ da população, reconhecendo a importância da água potável, e a necessidade de melhora no saneamento e a higiene, que são essenciais para alcançar melhorias na saúde e no desenvolvimento das pessoas.
Fonte: The Point
Hidrocarbonetos – Organização dos Produtores Africanos de Petróleo: Senegal formaliza a sua adesão
05/11/2022
Por Júlia Carvalho Teixeira
A fim de atender as demandas africanas relacionadas à exploração de gás e petróleo, os países da região se organizaram em uma instituição para tratar o assunto. A Organização dos Produtores Africanos de Petróleo foi formalizada em 1987 na cidade de Lagos, e contou com oito países fundadores: Argélia, Angola, Benin, Camarões, República do Congo, Gabão, Líbia e Nigéria. O seu objetivo é defender os interesses dos seus membros conjuntamente e maximizar seu desempenho no setor de hidrocarbonetos, permitindo seu crescimento econômico e desenvolvimento através do setor de segurança energética.
Senegal participava como ouvinte nas discussões e fóruns da organização. Porém, na 43ª sessão do Conselho de Ministros da Organização dos Produtores Africanos de Petróleo, a admissão senegalesa nesse grupo foi aprovada. A entrada do país ocorrerá em 2023 oficialmente, mas a conquista já foi celebrada pela Ministra do Petróleo e Energia, Aïssatou Sophie Gladima. Além disso, Senegal participa do Banco Africano de Energia que também foi criado na ocasião, ampliando o acesso dos países africanos a recursos que impulsionam a sua economia.
Nesse sentido, o país diversificou sua atividade produtiva e poderá se desenvolver em diferentes setores a partir das novas oportunidades criadas. Ao se juntar com os demais países africanos que produzem esse bem, o contexto econômico e produtor de petróleo senegalês são fortemente incentivados, aumentando sua renda consequentemente. Além disso, através do compartilhamento de experiências e informações, o país poderá aprimorar a sua produção e maximizar seu desenvolvimento econômico a partir dos novos recursos que terá à disposição.
Fonte: Le Quotidien
Aliança Global de Energia para impulsionar o acesso à energia e reduzir as emissões em 12 países, incluindo Serra Leoa
09/11/2022
Por Mariana Zica
A aliança global de energia para a as pessoas e o planeta, criada em 2021, que possui atualmente 12 estados membros, tem como objetivo principal o investimento em tecnologias para energia limpa para auxiliar o desenvolvimento econômico, redução da emissão de gases poluentes e levar energia confiável para mais de 3 bilhões de pessoas que não tem acesso. Assim, a aliança procura a extensão das colaborações entre os países para angariar os recursos econômicos necessários para reduzir a pobreza energética.
Líderes dessa aliança, como Jonas Gahr, apontam o quão absurdo é o fato de metade da população global não possuir acesso à energia limpa confiável. Além disso, quase todas as tentativas de promoção dela, por meio de investimentos, são feitas por países desenvolvidos, no entanto os indivíduos mais afetados pela pobreza energética são de países pobres. Além disso, esses líderes também apontam a importância de agir de forma rápida devido à urgência de promover o acesso à energia. Isso porque, além da melhoria na qualidade de vida dos indivíduos devido ao acesso à energia confiável, a energia limpa reduz a emissão de gás carbônico, sendo importante para todo o mundo.
Apesar dos esforços e resultados o maior problema ainda persiste, o continente africano que é o mais carente de energia confiável permanece recebendo uma quantidade irrisória quando comparada ao total de energia. Essa conclusão se dá ao fato de apenas 1.1% de toda a capacidade de energia solar e eólica ter sido desenvolvida no ano de 2021. De acordo com um relatório divulgado pela aliança o acesso universal a energia e a redução das emissões de gases poluentes podem ser alcançadas por meio dos recursos de energia limpa, além de gerar crescimento na economia dos países pobres. Isso porque, as energias limpas são as fontes energéticas mais baratas.
Fonte: The Sierra Leone Telegraph