Manifestantes de Gana pedem a renúncia do presidente Nana Akufo-Addo em meio à hiperinflação causada por crise econômica
06/11/2022
Por Diogo Procópio Spadotto
Na primeira semana de novembro em Acra, capital de Gana, centenas de manifestantes foram às ruas em protestos pacíficos contra o aumento do custo de vida no país. Decorrente da hiperinflação que superou os 37% em setembro deste ano, os preços aumentaram principalmente no setor de alimentos e combustíveis, ao mesmo tempo que a moeda local, o Cedi, perdeu mais de 40% de seu valor.
A multidão toda vestida de vermelho marchou às ruas pedindo vigorozamente a renúncia do atual presidente Nana Akufo-Addo, devido à crise econômica que torna ainda mais difícil a sobrevivência da população em um país que já tem 25% dos seus habitantes vivendo abaixo da linha da pobreza, segundo o Banco Mundial, com menos de US$ 2,15 por dia. Ademais, os manifestantes também protestaram contra o auxílio do Fundo Monetário Internacional (FMI), referente às negociações que estão em andamento, feitas pelo governo com o fundo buscando um pacote de apoio econômico de bilhões de dólares para evitar a crise geral no país. O FMI é administrado por quase todos os países do mundo e visa estimular a cooperação monetária para proteger a estabilidade financeira e facilitar o comércio internacional.
Segundo o presidente Nana Akufo-Addo, os manifestantes e a população ganense deveriam se tranquilizar, devido ao fato de que as autoridades com o auxílio do FMI iriam colocar as finanças do país “de volta nos trilhos”. Porém, para o povo, o auxílio financeiro do Fundo Monetário Internacional não é bem-vindo, repercutindo que esse dinheiro não deveria ser emprestado ao Estado, pois Gana já tem o que precisa para prosperar. Produtos como ouro, petróleo, manganês, diamantes e o cacau são muito explorados, comercializados e exportados do país; sendo Gana o segundo maior produtor de cacau do mundo. Em meio a manifestação, uma mulher que foi entrevistada, Francisca Wintima, disse: “Eles não deveriam emprestar o dinheiro, já é suficiente. Temos tudo o que precisamos neste país. A única coisa que precisamos é liderança.”
Fonte: Aljazeera
Empreendedorismo: TOogueda lança novo programa para jovens
08/11/2022
Por Júlia Carvalho Teixeira
Desde 2018, a Toogueda auxilia o crescimento de pequenas empresas na Guiné. O trabalho realizado visa desenvolver a empresa auxiliada no seu próprio contexto de surgimento, promovendo o desenvolvimento da região. No dia 08 de novembro de 2022, a empresa divulgou um programa que pretende auxiliar, mais uma vez, o empreendedorismo no país. Dessa vez, o objetivo do projeto visa alcançar cerca de 115 micro, pequenas e médias empresas durante 5 anos.
O programa é chamado BoostER e será desenvolvido através de recursos técnicos e financeiros para empresas pensadas por jovens na Guiné. Esse apoio será definido a partir das demandas apresentadas pelo empresário, e seu desenvolvimento será acompanhado por cerca de oito meses. A presidente da empresa, Fanta Diaby, compartilhou que pretende criar uma rede de apoio a empresas na Guiné. Além de fornecer ajuda a empresas, ela espera que aqueles que receberam conhecimento possam auxiliar na sua divulgação, criando uma rede de apoio entre empresários.
Junto com a iniciativa, é esperado que a atividade econômica seja desenvolvida no país. Com o crescimento das empresas, é esperado que sejam criadas mais vagas no mercado de trabalho. Assim, os jovens e adultos ampliaram suas habilidades e competências, fortalecendo suas capacidades produtivas. Junto a isso, as empresas auxiliam na criação de renda às famílias, aumentando o bem-estar dos guianenses. Consequentemente, o Estado se beneficiará da criação de renda com o aumento do seu setor produtivo, e poderá diversificar sua economia a partir das propostas pensadas pelos jovens empreendedores.
Fonte: Guinee 360