Ruanda: a França nega qualquer papel no genocídio e promete descobrir a verdade
05/04/2021
A França divulgou um relatório após dois anos investigando os arquivos do país por meio de uma equipe de historiadores que visa determinar o papel e o envolvimento da França no genocídio de Ruanda os sobreviventes elogiaram o compromisso do país para desvendar a verdade por trás das mortes, mesmo que a França rejeite sua cumplicidade no relatório sobre seu suposto papel no genocídio. Por muito tempo, Ruanda e França trocaram acusações sobre o papel da França no episódio, em especial na questão militar, por ajudar os perpetradores da violência a escapar da justiça. Por fim, o relatório isentou a França da cumplicidade no genocídio, mas ao mesmo tempo apontou para a incapacidade dos tomadores de decisão ‘’em distinguir o que estava acontecendo em Ruanda dos massacres em massa’’. O presidente Macron planeja visitar Ruanda em algum momento de 2021, enquanto isso, grupos de sobreviventes do genocídio e ativistas com base na Europa intensificaram os apelos à França para levar todos os suspeitos de genocídio ainda escondidos no país a julgamento
Fonte: All Africa

Burundi: relatório dos Estados Unidos cita abusos de direitos desde 2015
05/04/2021
Os relatórios do governo dos EUA sobre direitos humanos de 2020 documentaram violações de direitos humanos no Burundi de 2015 até o momento. Existem relatos de agentes do governo cometendo assassinatos arbitrários ou ilegais, na maioria das vezes, contra supostos apoiadores da oposição política ou aqueles que exerceram seus direitos legais. Segundo a Human Rights Watch, alguns refugiados do Burundi em outros países testemunharam pessoas que fugiram do país depois que eles ou seus familiares sofreram violência por membros da Imbonerakure. O governo do Burundi ainda não respondeu ou reagiu às conclusões do relatório até o momento, além disso, a liberdade da mídia no país é limitada.
Fonte: All Africa
A Tanzânia tem uma presidente mulher. Tem uma presidente feminista?
08/04/2021
O antigo presidente John Magufuli tinha ações misóginas fortes, mas a nova presidente, Samia Suluhu, tem o poder político e capital para mudar isso. Os tanzanianos estão esperançosos para o governo de Suluhu, que já inverteu algumas das posições de seu antecessor tomando a decisão de iniciar uma força-tarefa especializada em coronavírus, o que muitos esperam agora, por mais que não se saiba muito bem sobre a posição da nova presidente nessas questões, é o rompimento da presidente com o legado de Magufuli nas questões de gênero. Os comentários sexistas do antigo presidente muitas vezes eram apresentados como piadas e prestigiados por fãs nas redes sociais. John Magufuli transformou sua postura misógina na postura do Estado, e agora, mesmo que não queira agir rápido demais, a presidente Samia Suluhu pode moldar a política da Tanzânia a partir de suas próprias crenças sobre gênero.
Fonte: African Arguments
Quênia e Uganda concordam com cessar-fogo na guerra comercial
19/04/2021
Oficiais quenianos fizeram visitas de sete dias a Uganda, começando em 11 de abril, para discutir as barreiras não-tarifárias que afetavam o comércio entre os dois países e para verificar a indústria ugandenses de açúcar a fim de garantir que os produtos importados pelo Quênia são totalmente produzidos em Uganda. A nova estrutura de cooperação comercial permite que o Quênia importe até 90.000 toneladas de açúcar de Uganda por ano e abolirá o imposto especial de consumo de 35% sobre os cilindros de gás de petróleo liquefeito também fabricados em Uganda. Essa decisão é uma boa notícia para os exportadores de açúcar de Uganda, que eram restritos a um teto de exportação de 11.000 toneladas métricas por ano. Em resposta ao novo acordo de comércio, Uganda assumiu o compromisso de voltar atrás com o imposto de 13% sobre sucos, cervejas maltadas e destiladas produzidos no Quênia, irá abolir uma taxa de 12% sobre produtos farmacêuticos fabricados no país, o imposto de 20% sobre móveis quenianos e de 18% sobre o valor agregado sobre cadernos de exercícios fabricados no Quênia e, por fim, irá recuar com o imposto de 18% sobre o valor agregado sobre a carne de frango processada e exportada do Quênia.
Fonte: The East African